ARTIGO PUBLICADO POR WALQUÍRIO DO CANÁ - JORNAL CRIAR-T VIDA

O CRACK E O SEU PODER DEVASTADOR

O Crack é um agente destruidor, que degrada não apenas o usuário, mas atingem com fúria também os familiares.

Conheço um professor usuário de Crack que me disse que começou a usar essa droga através de um aluno que era viciado.

Segundo ele, em uma sexta-feira, os professores e alguns alunos saíram para tomarem cerveja e este aluno apresentou a ele e a uma professora a pedra, eles aceitaram e não pararam nunca mais.

Hoje, eu acompanho esta pessoa a pedido da sua mãe, o sofrimento desta família é imenso. Em conversa, sua esposa, em prantos me relatou que o mês passado ele vendeu todas as bonecas da filha para comprar CRACK. A sua mãe também me falou que não aguenta tanta dor, tanto sofrimento que prefere ver ele morto a viver o inferno que estão vivendo. Ela disse que é muito triste ter que recolher o corpo de um filho, mas apesar da dor, ela pronuncia que será um alívio.

Portanto, veja o drama de quem vive esta penúria. É muita infelicidade que as famílias vivem sob o domínio do crack, muitos viciados arrastam seus dramas para dentro de casa e levam familiares a uma codependência emocional.

Muitos, sentindo-se culpados, pais, mães e irmãos passam a aceitar as ações de tortura e a viver em permanente alerta, condicionando seu estado de espírito ao do usuário da droga. O envolvimento com a dependência mascara a visualização de soluções, tira à potencialidade da família de agir em prol do dependente adoecendo toda família e, não raro, os familiares se sujeitam a atos extremos, como pagar dívidas a traficantes, por medo de represália e de violência.

As famílias ficam fora de controle, vão às bocas de fumo atrás do dependente, muitos brigam e se irritam facilmente, ou seja, a casa vira uma desordem, o desespero é grande.

O vício se instala muito rápido, as famílias não tem nem tempo e nem forças para digerir o problema e passam a agir por impulso.

Isto exemplifica bem o drama das famílias, há 13 anos lido com este drama, já ouvi e vi de tudo, porém cada história é uma tristeza para mim.

Também sou vítima, perdi um primo estudante de medicina que jogou a carreira e o futuro no túmulo, tentou suicídio, ficou cego e alguns anos depois veio a falecer. Meus tios tinham uma condição de vida muito boa, bem estruturada e familiar. Eram fazendeiros e donos de farmácia, os irmãos eram gerentes no banco do Brasil.

Isto que relato exemplifica bem o drama vivenciado por muitas famílias seja ela de que classe social for não estão imunes a esta droga. Este meu primo começou a usar drogas na faculdade de medicina, e na sua turma, mais da metade usavam drogas.

O CRACK quando surgiu diziam que era droga de pobres e moradores de rua. Nos últimos tempos, entretanto, a pedra tem subido degraus na escala social e espalhado seus sinais devastadores por toda parte.

Quero fazer uma alerta a todos os leitores e leitoras, as eleições estão chegando e com ela estão surgindo muitos políticos oportunistas, querendo explorar os eleitores, pousando de bonzinhos e prometendo a ajudar as famílias que sofrem com este drama. Cuidado! Não se iluda. Vocês conhecem todos eles e nunca ouviu falar deste trabalho, não é mesmo? Estes são os falsos mensageiros que fazem de tudo para praticar o estelionato eleitoral, vocês nunca viram ou souberam que estas pessoas colocaram as mãos na massa para ajudar o povo. Principalmente agora que segundo foi relatado no Jornal Nacional que a saúde e as drogas estão entre os 3 principais temas eleitorais. São candidatos copa do mundo, aparecem de 4 em 4 anos são como CAVIAR. É COMO DISSE A MÚSICA, você sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi, eu sou ouço falar.

Cuidado como candidatos caviar, você só vai ouvir falar. Não deixe ser enganado por estas pessoas sem sentimentos e sem razão. O custo social do uso de drogas é altíssimo e ninguém tem dúvida de que o consumo é prejudicial, causa danos, destrói vidas e famílias.

PENSEM!

WALQUÍRIO DO CANÁ

Histórias para crescer

Histórias para crescer
O PODER DA LÍNGUA Conta-se que certa vez um mercador grego, rico, ofereceu um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor. O escravo retornou com belo prato. O mercador removeu o pano e assustado disse: - Língua ?!! Este é o prato mais delicioso? O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu: - A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É Com a língua que pedimos água... Iguaria... dizemos mamãe, fazemos amigos, perdoamos. Com a língua reunimos pessoas, dizemos meu Deus, oramos, cantamos, dizemos eu te amo... O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria de seu escravo, e o mandou de volta ao mercado, desta vez para trazer o pior alimento. O escravo voltou com um lindo prato, coberto por fino tecido. O mercador, ansioso, retirou o pano para conhecer o pior alimento. -Língua, outra vez? Disse, espantado. -Sim, língua, respondeu o escravo. É Com a língua que condenamos, separamos, provocamos intrigas e ciúmes, blasfemamos. É Com ela que expulsamos, isolamos, enganamos nosso irmão, xingamos pai e mãe... Não há nada pior que a língua; não há nada melhor que a língua. Depende do modo que a usamos. Muitos males têm sido causados por uma só palavra ou frase proferida. Diz um ditado que falar é prata, calar é ouro. Walquírio do Caná

Heroína

Heroína: É uma das drogas mais devastadoras, altamente viciante – causa rápido envelhecimento do usuário e forte depressão quando o efeito acaba. Usuários relatam uma sensação de intenso prazer, bem-estar e euforia após o uso da heroína, assim como diminuição de sensações como dor, fome, tosse e desejo sexual. A respiração, pressão arterial e frequência cardíaca ficam aumentadas à medida que a dose aumenta, fazendo com que o usuário se sinta aquecido, pesado e sonolento. Altas doses podem causar náuseas, vômitos e intenso prurido (coceira).

Maconha

Maconha: Uma das drogas mais populares, ela é consumida por meio de um enrolado de papel contendo a substância. É feita a partir da planta Cannabis sativa. Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.

Ecstasy

Ecstasy: Droga altamente alucinógena, causa forte ansiedade, náuseas, etc. Os efeitos físicos são taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, cãimbras ou dores musculares.

Cocaína

Cocaína: É o pó produzido a partir da folha de coca. O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo diminui. Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite.

Tabaco

Tabaco: É o nome comum dado às plantas do gênero Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a N. tabacum, originárias da América do Sul, das quais é extraída a substância chamada nicotina. Os principais malefícios à saúde referem-se às doenças do sistema cardiovascular, infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e câncer, particularmente câncer de pulmão e câncer de laringe e boca.

Crack

Crack: É a versão petrificada dessa droga. Altamente viciante. O crack leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo à necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegará inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.

Criação e edição: Jornalista Euza Ferreira

Criação e edição: Jornalista Euza Ferreira
Breve história das drogas. A longa trajetória das substâncias psicotrópicas com o passar dos milênios e seus adeptos (celebridades famosas)

Gênesis

Gênesis
Gênesis O livro da Bíblia relata um episódio de bebedeira de Noé

Também nos anos 70

Também nos anos 70
... o uso da cocaína torna-se popular e passa a ser glamourizado.

Meados de 1970

Meados de 1970
Ex-jogador Casa Grande recém-saído de uma clínica de reabilitação, Casagrande revelou para Serginho Groisman, que a dependência química começou ainda na adolescência, ou seja, na década de 70. “Venho de uma geração em que os ídolos morreram de overdose. Admirava Jim Morrison. Quando comecei, não foi com maconha. Eu usava cocaína e heroína. Cheirava e me injetava, mas não achava que isso era doença. Pensava que podia parar, mas a dependência química é progressiva, fatal e incurável. Vou ter que conviver com ela até o fim da minha vida, mas nunca mais quero ter uma overdose na frente do meu filho de 12 anos." Na época de jogador, o comentarista afirmou que a adrenalina dos jogos era a pior aliada na luta contra as drogas. “Aqui no Brasil, eu usava maconha e cocaína na véspera dos jogos, gostava da sensação de prazer. Mas quando você pára de jogar, no dia seguinte não é ninguém. Senti falta daquela adrenalina, queria de volta a emoção dos estádios cheios. Foi quando caí de cabeça nas drogas”, disse Casagrande. Mas a revelação mais bombástica veio durante o relato do ano de 2006 quando o próprio se internou por 40 dias. Casagrande contou que ao sair da clínica, ele teve uma das piores recaídas. E o motivo? Influência do filme “Ray”. “A dependência química é sutil, vem de repente. Vi o personagem na fissura e pensei: quero me injetar agora”, contou. O ex-jogador atribui sua atual recuperação ao filho Vítor Hugo, de 22 anos, que o internou em uma clínica por oito meses.

1970

1970
Bill Murray (Famoso ator norte-americano) foi preso após tentar embarcar no aeroporto de Chicago, portando quase 9 quilos de maconha.

Anos 70

Anos 70
Na década de 70, Nelson Ned com sucessos um atrás do outro, entre eles a música Tudo Passará, veio também à dependência pelas drogas e o quadro clinico depressivo, com a conseqüente perda de toda a sua fortuna. Na década de 90 tornou-se evangélico e gravou músicas Gospel, mas as dificuldades de locomoção (freqüentemente precisava da ajuda de uma cadeira de rodas) e as fortes dores o impediram de permanecer nos palcos.

Finalzinho da década de 70

Finalzinho da década de 70
Morre por overdose de heroína a cantora Janis Joplin

1971

1971
Morre Jim Morrison, integrante do "The Doors", por overdose de heroína

1975

1975
A Holanda libera a venda de maconha em estabelecimentos específicos, os coffee-shops

1976

1976
David Bowie (Músico e ator) conhecido pelo seu trabalho musical dos anos 70 e 80 e pela sua alta influência no mundo da música, mais especificamente do rock, foi preso em por posse de maconha. A pena máxima que ele teria que cumprir seria de 15 anos, mas as acusações foram posteriormente retiradas e Bowie foi liberado.

1977 - morre o rei do rock

Elvis Aaron Presley não era apenas um cantor popular, mas sim ícone cultural da juventude e conhecido no mundo musical como “rei”. Nasceu no Mississipi, em 08 de janeiro de 1935, morreu no dia 16 de agosto de 1977 devido ao constante uso de drogas e álcool.

Elvis era também ator conhecido da época e estrelou vários sucessos de bilheteria. Ele está entre os cantores pop mais renomados de todos os tempos e ganhou inúmeros prêmios. O mito foi tão grande que até os dias de hoje pessoas acreditam que o rei está vivo.

Agosto de 1977

Agosto de 1977
Elvis é declarado morto vitíma de um ataque cardíaco no dia 16 de Agosto de 1977. A necrópsia revelou a ingestão de oito ou mais drogas (entre outras morfina, valium e valmid), responsáveis por sua morte.

Também em 1977

Também em 1977
Bob Marley, o mais famoso cantor de reggae, conhecido pela sua associação com a maconha, Marley foi somente preso em 1977, naturalmente, por posse da droga.

1977

1977
Início da "Era de Ouro" do ecstasy. Terapeutas experimentais fazem pesquisas em segredo para não chamar a atenção do governo

1978

1978
O MDMA começa a ser usado amplamente como droga recreacional, e passa a ser conhecido como ecstasy

Década de 80

Década de 80
Surge o crack, tipo de cocaína em pedra com alto poder de dependência, acessível às camadas mais pobres da população

Na década de 80

Na década de 80
O cantor Silvinho, criador do hit Ursinho Blau Blau, envolveu-se com drogas na década de 80 e perdeu tudo.

Nos anos 80

Nos anos 80
O preço de 1 Kg de cocaína cai de US$ 55 mil (1981) para US$ 25 mil (1984), o que contribui para sua disseminação

Meados de 1980

Meados de 1980
Paul McCartney fica 10 dias preso no Japão por porte de maconha

Também na década de 80

Também na década de 80
Cazuza foi um poeta da música brasileira Jovem de classe média e homoafetivo. Mesmo assim, sempre se declarou abertamente gay e usuário de drogas, como gatinhos, haxixe, ecstasy, cocaína, pó de mico, etc. Levou uma vida tão louca como curta.

Final da década de 80

Final da década de 80
A Holanda dá início ao primeiro programa de distribuição de seringas e agulhas a viciados em heroína, para diminuir a incidência de hepatite no país

1980- James Timothy Hardin


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Nasceu em 23 de dezembro de 1941, no estado de Oregon, nos Estados Unidos. Compositor popular que também tocava piano e guitarra. Algumas de suas canções como “Reason to Believe” têm sido cobertas por artistas conhecidos em níveis mercadológicos. Ele morreu de overdose de heroína em 1980.

1982

1982
A cantora Elis Regina morreu em 1982, aos 36 anos: overdose de cocaína

1985

1985
O ecstasy é proibido nos Estados Unidos e inserido na categoria dos psicotrópicos mais perigosos

1986

1986
Boy George, um dos cantores mais famosos e exêntricos da década de 80, à frente do grupo Culture Club, grupo do movimento New Wave fundado em 1982. Envolvidos em escândalos e drogas. Foi preso em 1986 por posse de maconha.

1987

1987
O ecstasy se torna parte integrante da cultura rave britânica após ser popularizado por clubbers em festas promovidas em Ibiza, na Espanha

1989

1989
O Brasil copia o programa de distribuição de agulhas da Holanda

Década de 90

Década de 90
O cantor TIM Maia, na década de 90, diversos problemas assolou a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo, e ainda a saúde precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e o agravamento de seu grau de obesidade.

1990

1990
Charlie Sheen (Ator norte-americano) faz jus à fama de problemático. Nos anos 90, o ator afundou-se no álcool e nas drogas. Foi preso e quase morreu de overdose.

Meados de 1990

Meados de 1990
Felipe Camargo a década de 1990 foi marcada por um período de ostracismo em sua carreira. Além do seu envolvimento com as drogas e o casamento conturbado com Vera, envolveu-se em um acidente no qual o jovem de então 21 anos, Agostinho Dias Carneiro Júnior, veio a falecer.

Também em 1990

Também em 1990
Ex integrante da banda de axé Olodum Lázaro 41 anos rendeu-se a Deus. Depois de viver momentos de fama passou por momentos de fracassos, onde o mesmo tornou-se viciado em maconha e cocaína na década de 90, ocasião em que um crente pregou evangelho a ele. Agora convertido congrega na Igreja Batista Lírio dos Vales em Salvador, tornando-se o Irmão Lázaro.

Anos 90

Anos 90
Renato Russo em 1990 assume publicamente ser homossexual e descobre ser portador do vírus da AIDS. Renato também conhece a maior paixão de sua vida, o americano Scott, que lhe vicia em heroína. Com Renato afundado no vício, em dezembro de 1991 é lançado o mais belo disco do Legião Urbana: “V” mostra todas essas mudanças na vida de Renato, com músicas falando de drogas. Teatro dos Vampiros e O Mundo anda tão Complicado viram hits. Renato Russo estava tão afundado no vício, que, durante a turnê deste disco, quando o Legião estava excursionando pelo nordeste, alguns shows tiveram que ser desmarcados, já que Renato estava caindo de bêbado e com fortes tendências suicidas. Em 1993, Renato Russo se interna uma clínica e se livra do vício das drogas e da bebida.

No final de 1990

No final de 1990
Logo após sua saída do grupo Polegar, entre o final da década de 80 e início da década de 90. No fim da década de 1990, tornou-se notório e se viu envolvido com o mundo das drogas, consumia cocaína, maconha, crack e outras substâncias, chegou ao ponto de ser expulso de casa e viver alguns meses como um mendigo. Foi preso duas vezes, a primeira supostamente por um mal-entendido, a outra devido a posse ilegal de armas no ano de 2005. A partir do ano 2000, segundo suas próprias palavras, largou o vício após ser internado em uma clínica para dependentes químicos. Atualmente trabalha como voluntário em uma clínica para recuperação de usuários de drogas e é repórter no programa A tarde é sua com a apresentadora Sônia Abraão.

Década de 90 – 1990, 1993 e 1996

Década  de 90 – 1990, 1993 e 1996
Snoop Dogg (Famoso ator e rapper Americano). A lista de problemas com a justiça é enorme. Em 1990 foi preso por porte de cocaína, em 1993 foi detido com arma de fogo, em 1996 acusado de matar o membro de uma gangue.

1992

1992
O então presidente norte-americano Bill Clinton admite ter fumado maconha em juventude, mas disse que nunca tragou

1994 - Kurt Cobain

Em 08 de abril de 1994, o corpo de Cobain foi descoberto na sua casa em Washington por um eletricista chamado Gary Smith, que tinha chegado a instalar o sistema de segurança. Para além de pequena quantidade de sangue saindo da orelha de Cobain, o eletricista relatou não ter visto nenhum sinal visível de trauma. Mas tarde foi encontrada a arma de fogo que teria sido usado no suposto suicídio, junto com remédios e bebidas alcoólicas.

Lutas contra o vício em heroína, doenças e depressão, bem como as circunstâncias de sua morte tornaram-se temas de fascinação em todo o mundo.

1995 - Jerry Garcia

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Jerome John Jerry Garcia foi enigmático homem de frente do grupo denominado The Grateful Dead. Nasceu no dia 1 de agosto de 1942, em São Francisco, Califórnia.

Ele morreu de ataque cardíaco gerado por droga que usou após longo período de reabilitação, no mês agosto de 1995. Garcia também estava em constante guerra com seu vício em drogas como heroína e cocaína.

1996

1996
Queen Latifah (Famosa rapper e atriz americana) em 1996 foi detida por carregar uma pequena quantidade de maconha e uma arma. O resultado foi uma multa.

Também em 1996

Também em 1996
Lil Kim a rapper conhecida por seus trajes, ou falta dele, foi presa por posse de maconha em 1996.

Em 1996

Em 1996
Durante sua passagem pelo Coritiba, Dinei foi pego no exame antidoping. O resultado acusou uso de cocaína, droga que o jogador admitiu ser usuário. Como punição, o atacante foi suspenso por 240 dias.

1997

1997
Allen Iverson (Jogador de basquete da NBA) foi acusado por porte de maconha, em 1997, e acabou fazendo serviços comunitários.

1998

1998
Kareem Abdul-Jabbar (ex-jogador de basquete que jogou durante 20 anos na NBA, foi descoberto portando uma pequena quantidade de maconha em um aeroporto de Toronto. Em 2000 foi detido por dirigir sob a influência de maconha. Quando foi interrogado, disse que usava a droga para ajudar a combater as náuseas causadas pela enxaqueca.

Início de 2000

Início de 2000
Whitney Houston uma das mais populares e famosas artistas das décadas de 1980 e 1990. Em 2000 a cantora reconheceu à imprensa que consumia cocaína, maconha e outros tipos de drogas. O primeiro single do novo cd, “Whatchulookinat” foi um grande fracasso nos Estados Unidos talvez pelo seu tom meio agressivo onde Whitney critica a todos aqueles que falam que sua carreira está terminada e sobre os relatos de sua dependência química. Depois disso mergulhou profundamente no mundo das drogas, chegando a abandonar sua carreira.

2000

2000
Cássia Eller a sua faceta mais negra incluía grandes problemas com álcool e drogas. Em 2000, Cássia Eller concluiu uma cura de desintoxicação que durou dois anos. Segundo os relatos da cantora, sentia-se limpo de drogas em 2001 exatamente o ano em que ela faleceu.

Século XXI

Século XXI
Aumenta o que os especialistas chamam de "mania ocidental por pílulas", que é o consumo exagerado de medicamentos

Início de uma nova era

Início de uma nova era

2001

2001
Os Estados Unidos financiam o combate ao tráfico e à produção de cocaína na Colômbia

Também em 2001

Também em 2001
Jennifer Capriati (Tenista) foi número 1 do mundo no ranking da WTA e venceu três torneios de Grand Slam além da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 1992. O estrelato acarretou alguns problemas à tenista, que acabou se envolvendo com maconha e chegou a ser presa por roubar um anel antes de se recuperar e chegar ao topo do ranking em 2001.

Meados de 2001

Meados de 2001
Portugal descriminaliza o consumo de qualquer droga

Final de 2001

Final de 2001
O Canadá é o primeiro país a regulamentar o uso medicinal da maconha

2002

2002
Sebastian Bach foi preso carregando dois sacos (cerca de cinco gramas) de maconha e alguns papelotes.

2003

2003
O governo do Canadá anuncia que vai vender maconha para doentes terminais. Pela primeira vez um país admite o plantio e comercialização da maconha

2004

2004
Macaulay Culkin foi condenado a um ano de cadeia por posse de drogas. Em setembro de 2004, a polícia o flagrou com 10 gramas de maconha e pacotes de Xanax, um remédio para tratar depressão e síndrome do pânico. Além da pena, o ator foi multado em 540 dólares.

Abril de 2004

Abril de 2004
O ator Marcello Antony foi preso em abril de 2004 foi preso, em Porto Alegre, comprando maconha.

2005

2005
O jornal britânico "Daily Mirror" publica imagens da modelo Kate Moss consumindo maconha

2006

2006
No Brasil, em junho de 2006 a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de cola de sapateiro para menores de 18 anos

Meados de 2006

Meados de 2006
Haley Joel Osment o jovem ator norte Americano, que ficou famoso por seu trabalho no suspense O Sexto Sentido, quando Haley interpretou o garotinho Cole contracenando com Bruce Willis, onde imortalizou a frase “Eu vejo gente morta”. Envolvimento: Em 2006 Osment foi preso por porte de maconha e por conduzir sob o efeito de álcool.

Final de 2006

Final de 2006
George Michael (Famoso cantor norte-americano) em 2006 o músico foi preso com maconha, após cochilar na direção do automóvel e atrapalhar o trânsito no norte de Londres. Meses antes, Michael já havia sido preso por porte de drogas e admitiu que a prisão havia sido por sua “própria e estúpida culpa”.

2007

2007
Mischa Barton atriz que ficou conhecida por seu trabalho na série teen The OC. foi presa em 2007. Ela teve seu Range Rover parado pela polícia, e foi presa por dirigir bêbada e estar em posse de narcóticos ilegais, além de não ter uma carteira de motorista válida.

Amy Winehouse e as drogas 2008, 2009, 2010 e 2011

Amy Winehouse e as drogas 2008, 2009, 2010 e 2011
Em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia.[39] Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake[40], iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento e se afastou temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra.

2008 e 2010

2008 e 2010
O ator Fábio assunção, em 2008, a emissora decidiu afastá-lo do elenco de Negócio da China, a novela das 6 que estreou em outubro e da qual era o protagonista. O afastamento deve-se à dependência de cocaína, e foi decidido porque sua permanência se tornara impossível. Fábio estava irreconhecível. Não conseguia mais decorar os textos. Começou a dormir pelos cantos do estúdio – sonolência decorrente do uso de calmantes que tomava para conseguir descansar um pouco à noite – e deixou de ensaiar com os colegas, uma praxe antes das gravações. Fumava sem parar e o trabalho da equipe de maquiadores aumentou bastante, porque era preciso disfarçar os reflexos das noites em claro – o que nem sempre funcionava. Em 2010, o ator teve uma recaída fortíssima, Fábio Assunção passou por um novo tratamento em uma clínica no bairro dos Jardins, em São Paulo. A crise do ator foi motivada por uma briga com sua namorada (com quem vive junto), Karina Tavares, que está grávida de pouco mais de três meses na época. Em seguida, em novembro do decorrente ano, deixou a próxima novela das oito da Globo, Insensato Coração. Na ocasião, em nota oficial, ele afirmou que a decisão foi tomada porque percebeu que não é o “momento para enfrentar" o ritmo intenso de uma trama das oito.

2009

2009
Michael Jackson tinha níveis letais do potente analgésico Demerol e do substituto da heroína, Metadona, em seu corpo quando morreu, segundo o jornal The Sun. Os exames mostraram que o pop star tomou um coquetel de drogas fortes o suficiente para matar qualquer pessoa normal, instantaneamente. Porém, ele as consumia há tanto tempo, que seu corpo se tornou tolerante a essas doses de remédios, até o colapso fatal.

Julho 2011

Julho 2011
Vera Fischer tem um forte envolvimento com drogas que já dura mais de 20 anos, o que a fez, inclusive, perder a guarda dos filhos diversas vezes, mas ela os recuperou e os criou. A atriz foi internada por decisão própria, em julho de 2011, numa clínica de reabilitação para dependentes químicos, na Barra da Tijuca - RJ, pois ainda não se livrou do vício. Essa é a terceira vez que está sendo internada.

Agosto 2011

Agosto 2011
Sócrates admite dependência de álcool. Em entrevista exclusiva ao Fantástico, ex-jogador diz que sai mais forte após escapar da morte. Depois de passar por uma internação de emergência, Sócrates, o ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira, voltou sábado (27) para casa e contou para a equipe do Fantástico como a bebida quase o levou à morte. Aos 57 anos, ele reconhece que era dependente de álcool.

Em dezembro de 2011 morre Amy wine House

Em dezembro de 2011 morre Amy wine House
Em dezembro de 2011 morre Amy wine House, aos 27 anos de idade. Em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia.[39] Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake[40], iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento e se afastou temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra.

2012

2012
A cantora morreu depois de tomar um coquetel de medicamentos antidepressivos A mídia corporativa está dizendo que passarão de “seis a oito semanas” antes que saibamos com certeza como Whitney Houston morreu. Até lá, espera-se que ninguém mais esteja prestando atenção, uma vez que já foi reportado que a cantora foi morta por consumir um coquetel de drogas farmacêuticas. A cantora de 48 anos foi encontrada morta em sua banheira no hotel Beverly Hilton em Beverly Hills, na Califórnia, neste sábado. MORTE DE WHITNEY HOUSTON – SEGREDOS REVELADOS!!! “Uma autópsia foi realizada em Whitney no sábado, mas não será determinada a causa da morte porque esta autópsia aguarda relatórios toxicológicos”, disse Ed Winter à CNN, assistente chefe do departamento de medicina legal do condado de Los Angeles. “Winter se recusou a liberar as descobertas iniciais do médico legista a respeito das causas da morte, dizendo que os resultados laboratoriais seriam entregues num prazo de seis a oito semanas.” Adicionar Comentário Entretanto, o site TMZ dá conta de que a família de Whitney já foi informada pelos representantes do departamento de medicina legal do condado de que “a cantora não morreu devido a afogamento, mas do que parece ser uma combinação de Xanax com outros medicamentos controlados misturados com álcool.” Nenhuma droga ilegal foi encontrada no quarto de hotel de Whitney, “mas medicamentos controlados estavam no local”, incluindo “vários frascos de remédios”. A despeito do rumor de que álcool foi um dos responsáveis por sua morte, “Não há evidência alguma de que Whitney estava bebendo álcool em seu quarto. Whitney tinha “uma pletora de sedativos, incluindo Lorazepam, Valium, Xanax e um remédio para dormir que foi encontrado em seu quarto de hotel”, de acordo com reportagem de Radar Online. Os canais da mídia corporativa evitaram amplamente discutir as múltiplas reportagens dando conta de que foram drogas farmacêuticas que causaram a morte de Houston porque o sistema precisa esconder o fato de que drogas farmacêuticas, antidepressivos psicotrópicos em especial, matam mais pessoas do que substâncias ilegais, à razão de 300 por cento. “Medicamentos controlados matam mais de 200.000 americanos todos os anos – até mesmo quando tomados sob orientação médicas e sem abuso!”, observa Mike Adams, do site Natural News. Em comparação, não há nenhum caso documentando comprovando que maconha já tenha matado alguém, apesar do fato de que é ilegal nos Estados Unidos. “Whitney Houston não é apenas um dos incontáveis americanos que são vítimas das grandes indústrias farmacêuticas, as quais se importam muito mais com os seus lucros corporativos do que com as vidas de pessoas reais. E hoje, nós perdemos mais um artista americano icônico cuja vida foi ceifada pelo vício, por medicamentos controlados e por toda ‘cultura de remédios’ que existe nos Estados Unidos atualmente”, escreveu Mike Adams, chamando a atenção para o fato de que o comportamento errático antes de sua morte claramente indicava que ela estava sofrendo dos efeitos colaterais de drogas psiquiátricas, incluindo o Xanax, do qual se sabe que causa comportamento estranho e pensamentos suicidas. Com as duas indústrias de mãos dadas, não espere que a mídia corporativa faça algo para prejudicar sua relação com o elefante branco farmacêutico e multibilionário, como expor a verdade sobre a causa da morte de Whitney. A grande indústria farmacêutica gasta mais dinheiro em promoção e anúncios do que gasta com pesquisa e desenvolvimento, sendo que uma grande parte desta quantia vai para as grandes redes de comunicação, por isso não pense por um segundo que canais como CNN, NBC e CBS estarão ansiosos demais para fazer a conexão entre Whitney consumindo drogas farmacêuticas e a sua morte prematura. FONTE http://www.infowars.com/establishment-media-hides-fact-that-big-pharma-killed-whitney-houston/

Em 2013 - Cory Monteith, ator de 'Glee', morreu após misturar heroína e álcool

Cory Monteith morreu após misturar heroína e álcool, confirmaram as autoridades canadenses após a autópsia realizada na segunda-feira (15). O resultado foi divulgado pelo departamento de polícia de Vancouver, no Canadá. Nesta terça (16), os legistas do caso divulgaram laudo com a causa da morte de Monteith. Ele morreu após "misturar tóxicos, incluindo heroína e álcool".

O ator da série "Glee" foi achado morto em um quarto do hotel Fairmont Pacific Rim, em Vancouver, no último sábado (13). De acordo com o site TMZ, Monteith levava vidas distintas na cidade canadense, onde nasceu, e em Los Angeles, cidade norte-americana em que a série "Glee" é gravada.

O ator, que tinha 31 anos, conseguia ficar sóbrio quando estava com a namorada, Lea Michele, que vive a personagem Rachel Berry no seriado, e com os outros amigos do elenco. Segundo uma fonte do site, a equipe de "Glee" sabia do vício do ator, mas afirma que ele nunca apareceu alterado no set de filmagens. No entanto, Monteith sofria recaídas quando visitava a família no Canadá, usando drogas e álcool ao reencontrar conhecidos.

No ar desde 2009, "Glee" teve este ano sua pior média de audiência, mas tem mais duas temporadas já confirmadas. Os produtores, no entanto, ainda nao revelaram o que irá acontecer a Finn Hudson, personagem de Monteith.

O ator deixou ainda ao menos dois filmes inéditos, "All the wrong reasons" e "McCanick", ambos em fase de pós-produção, de acordo com o site IMDb. Além disso, ele também faz parte do elenco de "Glee Live! at Radio City Music Hall", longa derivado da série que o tornou famoso.

Em março 2013 - Overdose de cocaína matou cantor Chorão, conclui laudo do IML

Em março 2013 - Overdose de cocaína matou cantor Chorão, conclui laudo do IML
Uma overdose de cocaína matou Alexandre Magno Abrão, conhecido como Chorão, do grupo Charlie Brown Jr., aponta o laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. O vocalista da banda foi encontrado morto em 6 de março no seu apartamento na Zona Oeste da capital paulista. O laudo considera resultados do exame toxicológico número 5054/2013 do Instituto Médico-Legal (IML) feito no corpo de Chorão. O exame toxicológico apontou que o corpo apresentava 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue. Segundo os peritos, foi possível concluir, a partir dos testes, que a causa da morte foi "intoxicação exógena devido à cocainemia". O documento foi divulgado em entrevista pela Polícia Civil às 19h30, mas os detalhes foram adiantados com exclusividade pelo G1. O laudo necroscópico, que tem o número 758/2013, será anexado ao inquérito da Polícia Civil. Após ser concluído, o inquérito será encaminhado ao Fórum da Barra Funda para apreciação do Ministério Público e da Justiça. O processo pode ser arquivado. O psiquiatra Thiago Fidalgo, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explicou a definição constante do laudo. “Isso significa que ele morreu após consumir grande quantidade de cocaína”, disse Fidalgo, comentando os termos do documento. O especialista não participou da investigação. De acordo com o especialista, o excesso da droga pode ter causado um infarto ou um acidente vascular cerebral. “[A cocaína gera] muita adrenalina, gera aumento da pressão, aumento da frequência cardíaca e respiratória, sobrecarga cardíaca e, com isso, tem menos sangue chegando no coração e no cérebro”, explicou o especialista. Segundo ele, pela idade de Chorão, a hipótese mais plausível é a de ataque cardíaco. “Se tivesse mais de 50 anos, provavelmente seria um AVC isquêmico”, acrescentou o psiquiatra. Overdose era uma hipótese considerada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). O corpo do artista foi achado caído por um segurança e um motorista dele, no imóvel que mantinha em Pinheiros. Peritos também encontraram pó branco e caixas de medicamentos e bebidas espalhadas no local, que estava parcialmente destruído. Os depoimentos da ex-mulher do vocalista e dos integrantes do Charlie Brown Jr. confirmaram que o cantor fazia uso de entorpecentes. Em seu depoimento ao DHPP, a estilista Graziela Gonçalves havia dito que "perdeu" o cantor "para as drogas". Ela chegou a dizer a jornalistas que tinha se separado de Chorão porque ele estava viciado em cocaína. O artista estaria deprimido com a separação e por isso teria aumentado o consumo de drogas. Perfil O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias. Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr. e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva". No ano passado, o Charlie Brown Jr. lançou "Música Popular Caiçara", álbum ao vivo que marcou o retorno dos integrantes Marcão e Champignon à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. As apresentações aconteceram em Curitiba e Santos. A produção do trabalho foi feita por Liminha e os shows tiveram participação de Falcão (O Rappa), Zeca Baleiro e Marcelo Nova. Das 15 faixas do CD, a única gravada em estúdio é "Céu azul". O vocalista foi também roteirista do filme "O magnata" (2007), do diretor Johnny Araújo, e do longa “O cobrador”, ainda em andamento. Como empresário, administrou marcas de skate, como a DO.CE, fundada por ele em 2009, e viabilizou a realização de grandes eventos de skate no Brasil, além de manter o espaço Chorão Skate Park, em Santos, desde 2006. A estreia do Charlie Brown Jr aconteceu em 1997 com o lançamento do álbum "Transpiração contínua prolongada". O trabalhou conseguiu o certificado de disco de platina ao vender mais de 250 mil cópias e tem como singles os sucessos "O coro vai comê", "Proibida pra mim", "Tudo que ela gosta de escutar", "Quinta-feira" e "Gimme o anel". Fonte: G1

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O envolvimento do filho com as drogas começou ainda na adolescência. A campanha, nas redes sociais já alcançou 200 mil compartilhamentos. Do G1 CE
Imagem que virou símbolo da campanha foi compartilhada mais de 130 mil vezes em rede social (Foto: Venício Guimarães) A tristeza com o desaparecimento e a morte do filho de 30 anos, em junho de 2012, usuário de drogas, fez com que o empresário e advogado Venício Guimarães, de 50 anos, tomasse uma atitude para evitar que outros pais e filhos passassem pelo mesmo sofrimento. Ele criou uma campanha de conscientização nas redes sociais contra o uso de drogas, especialmente, crack. "Se conseguir salvar uma vida que seja, já terá valido a pena", diz. Fundada em redes sociais há cerca de uma semana, a campanha “Alerta Juventude” já tem mais de 200 mil compartilhamentos nas duas postagens do Facebook, e já foi vista por cerca de 50 milhões de pessoas em todas as partes do país e no exterior. O empresário se diz surpreso com a repercussão, já que a divulgação inicial, de apenas uma fotografia, foi somente para os amigos mais próximos. "Quando vi que muita gente estava divulgando a fotografia como um alerta contra o uso de drogas, resolvi criar a campanha." Quando vi que muita gente estava divulgando a fotografia como um alerta contra o uso de drogas, resolvi criar a campanha" Venício Guimarães, fundador da campanha Acorda Juventude Segundo Venício Guimarães, o envolvimento do filho Thiago Montezuma Guimarães de 30 anos, com as drogas começou ainda na adolescência, com 14 anos. "Começou com a maconha, passou por outras e chegou ao crack. Como consequência, começou a praticar pequenos furtos, passou para os roubos e chegou aos assaltos". Thiago foi preso, condenado e cumpriu pena em um presídio. "No dia em que ele saiu do presídio, estava acertado a internação em uma clínica de recuperação, mas ele desistiu, disse que não queria mais ir". Foi embora para o Maranhão, onde vivia com a mulher e os dois filhos", conta o pai. No dia 30 de junho de 2012, saiu de casa dizendo para a mulher que iria encontrar um amigo, mas nunca mais apareceu. "A minha nora recebeu um telefonema de uma pessoa não identificada, informando que o meu filho havia sido assassinado, mas o corpo nunca foi encontrado", diz. “Sou um aprendiz da vida, mas catedrático em dor, por causa do crack quero salvar vidas. Quando soube da morte do Thiago passei um dia e uma noite como um 'siri em uma lata'. Gritando, chorando e tentando buscar explicações para o que havia acontecido e como essa tragédia poderia ter sido evitada, mas não obtive respostas satisfatórias". A partir da próxima semana, toda quarta-feira, o empresário Venício Guimarães vai estar na Associação Beneficente Parque do Cocó, em Fortaleza, dando testemunhos de vida aos pais e jovens com problemas relacionados ao uso de drogas. A ideia da associação, segundo Venício, veio depois da repercussão da imagem e da mensagem de alerta nas redes sociais. Serviço: Sede da Campanha "Acorda Juventude" Associação Beneficente Parque do Cocó Rua Tomaz Rodrigues, 184 - Aldeota Fone: (85) 3267-5139 Quartas-feiras, das 8h às 11h

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cai o último argumento dos maconheiros: droga é mais prejudicial do que álcool e tabaco, sim!

Um dos lobbies mais organizados, mais influentes e mais aguerridos do Brasil é o dos maconheiros. Não há, já demonstrei aqui — acho que em centenas de textos —, uma só centelha lógica em seus argumentos. Ao contrário: no fim, tudo termina na mais pura irracionalidade. Não repisarei argumentos. O capítulo 3 de “O País dos Petralhas II” chama-se “Das milícias do pensamento” — um dos subcapítulos tem este título “Da milícia da descriminação das drogas”. Como, em certas franjas, o consumo da maconha — e de algumas outras substâncias — se mistura com hábitos próprios dos endinheirados, a descriminação ganhou porta-vozes influentes. Por incrível que pareça, está presente até na eleição do comando da OAB… Leiam reportagem de Adriana Dias Lopes, que é capa da VEJA desta semana. Cai por terra a mais renitente — embora, em si, seja estúpida, já demonstrei tantas vezes — tese dos defensores da descriminação da maconha: a de que a droga ou é inofensiva ou é menos danosa à saúde do que o tabaco e o álcool, que são drogas legais. Errado! Leiam trecho da reportagem: (…) A razão básica pela qual a maconha agride com agudeza o cérebro tem raízes na evolução da espécie humana. Nem o álcool, nem a nicotina do tabaco; nem a cocaína, a heroína ou o crack; nenhuma outra droga encontra tantos receptores prontos para interagir com ela no cérebro como a cannabix. Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides. Essas substâncias são imprescindíveis na comunicação entre os neurônios, as sinapses. A maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao comprometimento das funções cerebrais. O mais assustador, dada a fama de inofensiva da maconha, é o fato de que, interrompido seu uso, o dano às sinapses permanece muito mais tempo — em muitos casos, para sempre, sobretudo quando o consumo crônico começa na adolescência. Em contraste, os efeitos diretos do álcool e da cocaína sobre o cérebro se dissipam poucos dias depois de interrompido o consumo. Com 224 milhões de usuários em todo o mundo, a maconha é a droga ilícita universalmente mais popular. E seu uso vem crescendo — em 2007, a turma do cigarro de seda tinha metade desse tamanho. Cerca de 60% são adolescentes. Quanto mais precoce for o consumo, maior é o risco de comprometimento cerebral. Dos 12 aos 23 anos, o cérebro está em pleno desenvolvimento. Em um processo conhecido como poda neural, o organismo faz uma triagem das conexões que devem ser eliminadas e das que devem ser mantidas para o resto da vida. A ação da maconha nessa fase de reformulação cerebral é caótica. Sinapses que deveriam se fortalecer tornam-se débeis. As que deveriam desaparecer ganham força”. (…)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mãe do 'mendigo gato de Curitiba' diz que quer tirar o rapaz das ruas

'Ele não precisa disso. Ele tem família em casa', afirma a mãe. Imagem registrada no Centro de Curitiba repercutiu nas redes sociais.
Adriana Justi Do G1 PR A mãe do morador de rua que ficou famoso nas redes sociais após pedir para ser fotografado em frente à Catedral de Curitiba, Edith Claurence Silva, disse em entrevista ao G1 que o filho já foi modelo, mas abandonou a carreira e passou a ser usuário de crack. Ela afirmou que não vê o filho há 30 dias e que quando aparece é para pedir comida e voltar para a rua. "Ele não precisa disso, tem família em casa. Mas desde que entrou no mundo das drogas é assim (...), não aparece mais e vive em qualquer lugar. Essa é a vida que ele escolheu. É muito triste, em alguns casos, tem algumas crises e fica violento. Mas eu quero tirar ele da rua, só que não posso pagar uma clínica. Já tentamos internar, mas ele não parou". Edith ainda disse que tem bastante esperança de que o rapaz volte a ter uma vida longe das ruas. "Quero salvar ele disso, sei que tem clínicas boas que podem fazer isso". Rapaz pediu para ser fotografado e disse que queria ficar famoso (Foto: Reprodução / Facebook) A foto em que o rapaz aparece enrolado em um cobertor teve repercussão após ter sido postada por uma garota no Facebook. Ela contou no comentário da rede social que o jovem a abordou no local e pediu para ser fotografado. Ele queria ficar famoso "na rádio". A moça afirmou que "na rádio" não poderia colocar, mas que no Facebook ele poderia ficar famoso, pelo menos entre os amigos dela. Até a manhã desta quinta-feira (18), a imagem tinha mais de 41 mil compartilhamentos e ganhou repercussão como "mendigo gato de Curitiba". Essa é a vida que ele escolheu. É muito triste, em alguns casos, tem algumas crises e fica violento" Edith Claurence, mãe do rapaz Carreira de modelo Segundo a empresária Irene Valenga, o rapaz fez um contrato com a agência de modelos dela em 2002. "Eu sou olheira da agência. Sempre estou de olho se vejo uma pessoa que tenha um rosto interessante e que tenha uma altura padrão. E um belo dia eu encontrei ele na rua e entreguei o cartão. Ele tinha acabado de voltar de Mato Grosso, onde morava com a família. No outro dia ele procurou a agência". Segundo Irene, o rapaz sempre levou "jeito" para o mundo da moda. "Ele sempre foi muito educado e sempre levou jeito como modelo. Durante o período do curso, ele conquistou todos os documentos que o reconheciam como tal. Nós até conseguimos um trabalho para ele por dois anos, mas como ele queria um trabalho fixo, não pude ajudar por muito tempo". A olheira contou que depois que encerrou o contrato no trabalho oferecido pela agência, o rapaz sumiu e ela nunca mais o encontrou. "Em 2011, ele apareceu aqui na agência. E eu me surpreendi muito porque ele estava enrolado em um cobertor, acredito que o mesmo da foto, e drogado. Eu até perguntei o que poderia fazer para ajudá-lo. Ele pediu um lugar para dormir e dinheiro. Como eu vi o desespero dele, sugeri interná-lo em uma clínica de reabilitação, mas ele não quis". "Eu acho que Deus está dando uma segunda chance pra ele. Sozinho ele não conseguiria. Tenho certeza que a partir disso a sociedade vai se unir e conseguir uma boa clínica", ressaltou Valenga. Irmã afirma que já tentou internação A irmã do morador de rua, que é da cidade de Joinvile, disse à reportagem da RBS TV que soube da repercussão do caso pela mãe. Ela afirmou ainda que a familia já tentou o internação diversas vezes, mas que ele não aceitou.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Uso de cocaína aumenta no Brasil, diz relatório

Documento mostra ainda que 5% dos adultos no mundo usam droga ilícita ao menos uma vez ao ano
(Comstock) Na América do Sul, estima-se que entre 12,2 e 31,1 mortes por milhão estejam relacionadas ao uso de drogas ilícitas. É o que aponta o Relatório Mundial sobre Drogas 2012, documento divulgado nesta terça-feira pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A cocaína parece ser a substância mais letal na região. De acordo com o documento, o Brasil demonstrou um aumento do consumo de cocaína em 2010, mas a falta de dados novos do país impediu que o relatório determinasse esse avanço da droga. Segundo a ONU, as apreensões de cocaína em território brasileiro triplicaram de 2004 para 2010, quando foram apreendidas 27 toneladas da droga. A área total de cultivo de cocaína no mundo, segundo a ONU, caiu 18% de 2007 para 2010. O órgão atribui essa diminuição principalmente ao declínio do cultivo da droga na Colômbia no mesmo período, o que contribuiu para a redução do consumo da maconha na América do Norte. O relatório ainda mostra que a produção passou a ser mais significativa na Bolívia e no Peru. No mundo — Ainda de acordo com o documento, em 2010, 5% da população mundial adulta, o equivalente a 230 milhões de pessoas, fez uso de alguma droga ilícita ao menos uma vez no ano. Segundo os dados, o consumo de drogas, embora tenha aumentado em vários países em desenvolvimento, parece ter se mantido estável globalmente e continua sendo responsável por 200.000 mortes a cada ano. O número de usuários de drogas em 2010 chegou a 27 milhões de pessoas, ou 0,6% da população mundial. A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo, segundo o documento. Há entre 119 e 224 milhões de usuários da droga mundialmente, e seu consumo se mostrou estável nos últimos anos. O relatório indicou ainda que a Europa é o maior mercado consumidor da erva no mundo, embora sua produção seja pequena, e que os países do norte da África são os principais fornecedores da droga para o mercado europeu. Cocaína — O documento da ONU mostrou que o número de usuários de cocaína no mundo em 2012 representou de 0,3% a 0,4% da população global — ou entre 13,3 e 19,7 milhões de pessoas. Os principais mercados consumidores da droga continuam sendo os países da América do Norte, da Europa e a Austrália. Nos Estados Unidos, a porcentagem da população entre 15 e 64 anos que faz uso da substância diminuiu de 3%, em 2006, para 2,2%, em 2010. Por outro lado, o relatório indicou que o consumo de cocaína está aumentando na América do Sul e na Austrália e se manteve estável na Europa.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os desafios para o tratamento do usuário de crack

É fácil tornar-se um dependente químico, mas é difícil fazer o caminho inverso, especialmente quando se depende do Sistema Único de Saúde

Natalia Cuminale

Grupo de usuários de drogas consomem crack em terreno na Rua Helvetia com a Alameda Barão de Piracicaba, no centro de São Paulo (Apu Gomes/Folhapress)

Especialistas que conhecem a fundo os efeitos do crack no organismo dizem que não basta uma tragada para que o usuário fique viciado, mas tornar-se um dependente químico é um processo rápido. Fazer o caminho contrário, contudo, é difícil. Estima-se que a taxa de sucesso dos tratamentos de desintoxicação gira em torno de 25% a 30%.

Ana Cecília Marques, coordenadora do departamento de dependência química da Associação Brasileira de Psiquiatria, explica que o tratamento anticrack é dividido em três fases: desintoxicação, diagnóstico dos fatores que levaram o indivíduo à dependência e controle dessa mesma dependência, que pode incluir uso de medicação. "Na última fase, o usuário precisa fazer essa manutenção, porque a dependência é uma doença crônica", diz. "Ele não vai ter alta: precisa fazer retornos periódicos. Além disso, é necessário avaliar seu processo de reinserção na sociedade."

O caminho para livrar-se da droga pode ser mais tortuoso se depender do Sistema Único de Saúde (SUS). "Infelizmente, no Brasil, não temos um tratamento público para a maior parte dos dependentes químicos", diz Ana Cecilia. Atualmente, para atender esses doentes, o governo federal mantém 8.800 vagas em hospitais psiquiátricos, 243 centros de atenção psicossocial álcool e drogas (Caps-AD), Núcleo de Saúde da Família e 35 Consultórios de Rua. É pouco se considerada a estimativa do Ministério da Saúde de 600.000 usuários somente de crack no país. A rede de saúde mental faz parte do SUS, que tem ações do âmbito federal, estados e municípios - é sempre este que responde pelo atendimento.

Em maio, o governo prometeu, por meio do Plano Integrado para Enfrentamento do Crack e outras drogas, repassar 140 milhões de reais aos municípios brasileiros para o tratamento dos dependentes. No pacote, está o financiamento de 6.120 leitos, que englobam vagas em hospitais gerais, nas comunidades terapêuticas (iniciativas do terceiro setor e de entidades religiosas), nos Caps AD 24 horas e em casas de acolhimento transitório. Os editais para tornar concretas as promessas foram publicados somente no fim de outubro. Ou seja, nada disso está de pé até o momento.

Outra promessa: elevar, até o fim deste ano, de 35 para 70 o número de Consultórios de Rua, que levam equipes multiprofissionais até os locais onde estão os usuários. Outro objetivo do projeto é capacitar profissionais de saúde e de assistência social na prevenção e tratamento de usuários de crack e demais drogas - um ponto nevrálgico da questão, segundo Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): "Capacitar essas equipes é um desafio", diz.

Promessas ambiciosas à parte, os especialistas criticam a qualidade do atual serviço de tratamento nos Caps: faltam médicos especializados, leitos e acompanhamento da evolução dos pacientes. No total, são 1.671 Caps no país, sendo 243 especializados em álcool e drogas. Um estudo publicado neste ano pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) revelou falhas importantes no funcionamento de todos as unidades: de 85 Caps avaliados, 69,4% apresentaram carência de profissionais e em dez deles, dedicados a álcool e drogas, havia um único psiquiatra disponível.

Simultaneamente às ações anunciadas pelo governo, a Secretaria Nacional Antidrogas realiza treze estudos clínicos, com um total de 1.200 pacientes, em parceria com seis universidades brasileiras. O objetivo é acompanhar os pacientes durante a jornada de busca por tratamento, reinserção social e diagnóstico de doenças mentais. "Esses estudos vão nos dar as direções em relação às melhores formas de abordar os pacientes", explica Paulina Duarte, secretária adjunta da Senad e responsável técnica pelo estudo.

As autoridades de saúde terão de responder à urgência do tema e também à demanda crescente por tratamentos. Segundo dados preliminares de um levantamento realizado pelo grupo de pesquisa de Ana Cecília, cresce a procura de usuários de crack por terapias de desintoxicação. A pesquisa acompanha anualmente um grupo de dependentes químicos: há dois anos, o percentual dos viciados em crack que procuravam a ajuda era de 30%; este ano, essa parcela saltou para 70%.

sábado, 28 de julho de 2012

Consumo de crack já tem registros em 90% das cidades brasileiras


O problema de saúde que surgiu nos maiores centros urbanos passou a ser desafio para as autoridades de todo o país. A droga causa destruição mesmo nas regiões mais pobres e afastadas.

Um problema de saúde que surgiu nos maiores centros urbanos brasileiros passou a ser um desafio para as autoridades de todo o país. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, o consumo de crack já tem registros em nove de cada dez cidades. É uma situação que os repórteres Ismar Madeira e Saulo Luiz comprovaram no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

O sertão mineiro, no Vale do Jequitinhonha, é uma região pobre, de um povo simples. Na pequena Araçuaí, Seu Ailton sempre trabalhou duro para ganhar a vida com dignidade, e agora vê o filho de 16 anos seguir outro caminho. “Esse aí entrou lá no meu serviço, no meu comércio, pegou mercadoria minha, mas muita e muita e muita. Quando eu descobri, foi tarde”, ele conta.
Em casa, já não tem mais o que roubar. Ficaram só alguns móveis. No quarto, o material usado para consumir crack. “Enquanto tem, eu fumo”, confessa o jovem.
O problema na família é em dobro. O filho mais novo também se viciou em crack, aos 11 anos de idade. “Essa droga chegou de repente. Ela veio para destruir a gente, mas para acabar com a vida da gente”, lamenta Ailton.
A poucos quilômetros de Araçuaí, em Itaobim, é principalmente à noite que o tráfico toma conta das ruas, em várias bocas de fumo.
Em todo o Vale do Jequitinhonha, o consumo do crack chegou acompanhado do aumento da violência. No município de Itaobim, o volume de apreensões da droga cresceu 73% nos últimos dois anos. E jovens têm perdido a vida, envolvidos com o tráfico. Kaíque foi assassinado aos 15 anos de idade. E o irmão dele, Johni, foi morto aos 17 anos.
A avó diz que os adolescentes deviam dinheiro aos traficantes. “Eles vieram aqui na porta, ameaçaram eles. Falaram com eles assim: ‘Se vocês não voltarem para vir pagando de novo, nós vamos te matar, nós vamos matar vocês, todos os dois’”, ela lembra.
Os roubos se tornaram frequentes. “Principalmente em Araçuaí e na região, esses pequenos furtos realmente estão aumentando para a manutenção do vício”, avalia o tenente Gilamárcio da Rocha, da Polícia Militar de MG.
Outro jovem traz no corpo as cicatrizes do tráfico. “Já levei tijolada, tiro, já levei tapa na cara, porrada”, ele revela.
A mãe passou a usar um método radical para impedir que ele saia de casa para usar crack. “Está sempre aí na cama. Acho que já tem mais de um ano que uso essa corrente e este cadeado. Resolve porque aí ele não vai para a rua”, ela diz.
“Toda noite ela me prende na cama. É bom, para eu não ir para a rua usar droga”, diz o rapaz.
No Vale do Jequitinhonha, não existe nenhum programa de atendimento aos dependentes de drogas.
“O problema chegou ao interior. O tratamento desse problema ainda não veio”, explica Leda Marques Borges, secretária de Desenvolvimento Social de Araçuaí.
“Não há como tratar o usuário do crack em algumas instâncias, se não houver uma internação para desintoxicação. E essa internação, muitas vezes, tem que ser forçada. Senão fizermos isso, o problema vai continuar se avolumando no Brasil. Há indícios de que ele já está presente em mais de 90% dos municípios brasileiros, é um fenômeno de norte a sul, de leste a oeste. Não há mais dúvida: vivemos uma grave epidemia de uso de crack no Brasil”, alerta o sociólogo Luiz Flávio Sapori.
Mas há exemplos de que é possível superar o problema. Há dez anos, Abrão visita as famílias de dependentes químicos em Itaobim. Passou a buscar ajuda para quem pedia. Foi assim que Douglas largou o vício. Pediu socorro depois de levar um tiro na perna.
“Ajuda. Primeiramente Deus, segundo, as pessoas que me ajudaram”, ele diz sobre o que considera que foi fundamental para a recuperação.
O PM formado em enfermagem, com pós-graduação em dependência química, vem improvisando no socorro às vítimas do crack. Conseguiu o apoio de empresários, de clínicas ligadas a igrejas e da Secretaria Municipal de Saúde. Douglas está há quatro meses sem usar droga, depois de quase 15 anos de dependência.
“O vício da droga é experimentá-la. Eu, graças a Deus, tive tempo ainda. Mas tem vários que não tem tempo mais”, alerta Douglas.


FONTE: G1

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Professor de escola estadual de BH é preso com 40 quilos de maconha


O suspeito foi preso em flagrante quando deixava a sua casa no Bairro Minascaixa, em Venda Nova

Publicação: 13/07/2012 19:21 Atualização: 13/07/2012 19:26

Um professor de uma escola estadual de Belo Horizonte foi preso com mais de 40 quilos de maconha e meio quilo de haxixe na tarde desta sexta-feira no Bairro Minascaixa, em Venda Nova. Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito chegava a levar a droga para dentro do colégio. 

Rodrigo Adriano da Silva, 35 anos, foi preso no momento em que saía de casa, na Rua José Anselmo Nascimento. Militares ficaram na via monitorando as movimentações na casa do suspeito. “Recebemos uma denúncia de que um professor estaria fazendo to tráfico na residência dele. Ficamos monitorando o local e conseguimos prendê-lo em flagrante”, afirma o sargento Gedézio Lourenço de Souza. No momento da prisão, foram encontrados quatro pequenos tabletes de maconha com Rodrigo. 

Os militares fizeram uma vistoria na casa do suspeito, depois que esse franquiou a entrada, e encontraram 40 quilos de maconha e meio quilo de haxixe escondidos no quarto do homem. “A droga estava jogada no chão do quarto”, afirma o sargento. Um outro suspeito, Jordan Garcia Vieira, de 24 anos, que estava com o professor no momento da abordagem, também foi preso. 

Rodrigo informou aos militares que é professor há quatro anos e trabalha na Escola Estadual Professora Maria Muzzi Guastaferro. O educador também informou que guardava o material para um homem identificado como “Careca”. Mas a PM não tem dúvida sobre a participação do homem na venda de drogas. A polícia vai investigar agora se o material era repassado para alunos da escola. “Na denúncia que recebemos, a pessoa falou que o professor levava a droga para dentro do colégio e vendia para  alguns alunos. Mas isso tudo será averiguado”, afirma Lourenço.  Os suspeitos foram encaminhados para a delegacia, juntamento com o material apreendido.

Na semana passada, um professor de sociologia e um funcionário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram presos em flagrante em Santa Luzia, na Grande BH, ao serem flagrados quando se preparavam para plantar mudas de maconha em um sítio da cidade. Com a dupla, os policiais militares apreenderam dez mudas da erva, material para jardinagem e um mapa com indicação de supostas áreas de plantio da droga.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dia Internacional de Combate às Drogas



Todos os anos, em 26 de junho, o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime prepara uma campanha internacional de prevenção às drogas para contribuir no desenvolvimento socioeconômico de países.
Dia 26 de junho, comemora-se o Dia Internacional de Combate às Drogas. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987, a data este ano tem uma motivação maior: o crescimento de ações desenvolvidas por instituições e administrações públicas no enfrentamento ao crack e outras drogas. No Brasil, um bom exemplo foi o Observatório do Crack, criado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Divulgado durante a XIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em maio deste ano, o Observatório do Crack foi considerado uma iniciativa inédita no Brasil. No site, é possível encontrar dados detalhados sobre os casos de incidências de drogas, principalmente o crack.
Todos os anos, em 26 de junho, o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) prepara uma campanha internacional de prevenção às drogas para contribuir no desenvolvimento socioeconômico de países.
No Brasil, segundo a ONU, os dados são alarmantes. A proporção da população brasileira que consome cocaína teria crescido de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo são pelo menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são dependentes.
Manifestações
Centenas de Municípios brasileiros estão engajados na luta contra as drogas. E neste 26 de junho, muitos Municípios reunirão a população em combate a esse mal. Em Ilhabela (SP), por exemplo, a comunidade vai às ruas da cidade vestida de branco protestar contra o tráfico e a violência. Em uma caminhada silenciosa, faixas e cartazes levarão à tona a mensagem desejada.
Agência CNM, com informações do UNODC

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A última balada


ISTOÉ acompanha o cotidiano dos brasileiros 


condenados à morte por tráfico de drogas

Reportagem de Renan Antunes de Oliveira 
Ainda não caiu a ficha do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, 32 anos, nem a do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 43, os dois brasileiros condenados à morte na Indonésia por tráfico de cocaína. Durante os quatro dias – entre a quarta-feira 9 e o sábado 12 – em que receberam a reportagem de ISTOÉ na cadeia de Tangerang, nas proximidades de Jacarta (capital indonésia), eles passaram boa parte do tempo relembrando suas aventuras e até traçando planos para o futuro. Não demonstraram, em nenhum momento, preocupação com a possibilidade, cada vez mais próxima, de enfrentar um pelotão de fuzilamento. Na quinta-feira 17, a Suprema Corte confirmou, em última instância, a sentença de morte contra Marco.
É muito provável que essa descontração se deva às condições em que se encontram encarcerados. Cada um ocupa uma cela com televisão, ventilador, geladeira, forno elétrico e aparelho de som. Há ainda um jardim privativo onde os brasileiros criam pássaros, podam bonsais, alimentam os peixes que nadam em um laguinho e ainda cuidam de duas gatas, uma delas chamada Tigrinha. Não são responsáveis pela faxina, têm as roupas lavadas e às vezes pedem comida em restaurantes da região. “Aqui é legal. É como se fosse uma pousada, só que jogaram a chave fora”, diz Rodrigo, que na casa da família, em Curitiba, estava acostumado ao conforto de sua suíte com sauna. Marco também não reclama das atuais condições de sua cela, mas confessa sentir saudade dos apartamentos na Holanda, nos Estados Unidos e em Bali.
Inferno – O conforto da cadeia de Tangerang, porém, pode estar com os dias contados, principalmente para Marco. Ele provavelmente terá que aguardar o dia do fuzilamento em condições bastante adversas, num presídio no sul do país, sem carcereiros amigáveis e amontoados com os mais de dez mil presos mulçumanos, longe de qualquer regalia, independentemente de condição financeira. Marco foi preso em Jacarta, em agosto de 2003, flagrado transportando 15 quilos de cocaína enrustidos nos tubos de sua inseparável asa-delta. Em julho de 2004, foi condenado à morte e, em janeiro deste ano, a sentença foi reafirmada em segunda instância e confirmada agora pela Suprema Corte.
Neste estágio, só lhe restará um caminho: o perdão presidencial. Os dois brasileiros, no entanto, atraíram profunda antipatia dos indonésios, e isso pode prejudicar uma decisão política para o caso. Quando Marco foi flagrado com a droga, tentou fugir, o que desencadeou uma perseguição policial cinematográfica transmitida ao vivo pelas tevês de todo o país. No julgamento de Rodrigo, a platéia pedia em coro: “Morte aos traficantes ocidentais cristãos!” Mas essa dramática situação parece não incomodar os brasileiros. Nas conversas mantidas com ISTOÉ, Marco contou, inclusive, que recentemente encomendou a Casemiro, um amigo no Rio de Janeiro, o último modelo de asa-delta disponível no mercado internacional.
O surfista Rodrigo foi preso no aeroporto de Jacarta, só que em julho do ano passado. Transportava seis quilos de cocaína dentro de suas pranchas. Em fevereiro, foi condenado em primeira instância. Ele também parece não se assustar com a eventual proximidade da execução. Aposta que as relações políticas de sua família poderão influenciar seu destino. Os diplomatas brasileiros em Jacarta trabalham para reverter as sentenças. A favor deles pesa o fato de só um traficante ter sido executado até hoje, dos 30 condenados sob as novas e duras leis antidrogas indonésias, em vigor desde 2000. Era um indiano muito pobre. Pela expectativa otimista deles, será possível reduzir a pena de Rodrigo para prisão perpétua, em segunda instância, negociando uma redução maior ainda na terceira, para 20 anos, com soltura em sete, talvez dez anos.
Não são previsões confortáveis, mas os brasileiros agem como se não houvesse outro destino que não o de escapar da pena capital. No dia-a-dia, eles não economizam palavras. Marco fica planejando sua volta a Ipanema e Rodrigo às praias de Floripa. Têm até um roteiro de prosa à beira-mar planejado. Imaginam-se contando aos amigos como se livraram da fria em que se meteram. Com desembaraço, explicam que dividem a mesma cadeia, mas que chegaram lá por trajetórias diferentes no mundo das drogas. Rodrigo foi mais usuário do que traficante, começou cheirando solvente aos 13 anos. Marco entrou no tráfico aos 17, já no topo da pirâmide, transacionando diretamente com os cartéis colombianos. Faziam parte de gangues diferentes. Na cadeia, formaram um laço instantâneo. Ficaram amigos a ponto de dividir prato e colher.
Visitas – Rodrigo e Marco apostam que transformarão o limão numa limonada. Estão com tudo pronto para botar um diário na internet. Negociam exclusividade na cobertura jornalística e já começaram a escrever livros com a experiência. Enquanto esperam os trâmites jurídicos, os dois recebem visitas sem formalidades, todos os dias. Rodrigo já recebeu a família, a namorada – a empresária carioca Adriana Andrade – e até o parceiro Dimitri Papageorgiou, um garotão com mais de 30 anos, carioca de pais gregos, acusado de ser o líder da quadrilha que o contratou para o malfadado transporte de cocaína em suas pranchas de surfe. Ele apareceu na cadeia para visitar o amigo e deixou com Rodrigo dois milhões de rúpias (a moeda indonésia) para ele se virar, dinheirama que vale só R$ 500. Mas agora Dimitri não vai mais poder ajudar: ele foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal, no Brasil.
Marco já recebeu a visita de amigos de Bali e de uma senhorita conhecida apenas como “Dragão de Komodo”, sua namorada indonésia. A moça também é sentenciada, está na área feminina da prisão. Sua mãe, dona Carolina, já esteve com ele duas vezes. A última foi no seu aniversário, em outubro, quando conseguiu promover uma festinha com brigadeiros e refrigerantes. Depois, tirou uma soneca na cela do filho. Na cadeia, os dois brasileiros relatam já ter recebido visitas íntimas e contam que puderam até apreciar um chopinho gelado, cortesia de um chefão local, preso no mesmo pavilhão. Lá, a balada não pára nunca.
A comida não é má, até porque Marco tem curso de chef na Suíça e dá um show na cozinha. Na semana retrasada, seu cardápio incluía salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos é Dênis, um ex-preso tornado amigão. Por celular, ele pega a lista e traz as compras do supermercado Hypermart. Quando Dênis está ocupado e a geladeira vazia, Marco telefona a cobrar para a mãe, no Rio, que liga para a mãe de Rodrigo, em Curitiba, que aciona a Embaixada do Brasil, que despacha um motorista para garantir o fome zero da dupla.
A expectativa de que suas ações possam ficar impunes dá um tom surrealista a todas as conversas mantidas com eles. Mas, em determinados momentos, parecem colocar os pés no chão. ‘‘Por favor, brother, quando você for escrever, dê uma força, passe uma imagem positiva nossa. Bota aí que eu quero trabalhar dez anos para o governo, dando palestras para as crianças sobre a roubada que é se meter com o tráfico de drogas’’, diz Rodrigo. Do lado de cá do mundo, as mães de Rodrigo e Marco – mulheres sofridas, esperançosas e guerreiras – lideram uma campanha pela liberdade dos ‘‘garotos’’ – como tratam os dois barbados. Depois de gastarem os tubos com eles, estão raspando os cofres para tentar resgatá-los. Além do incondicional amor materno, usam a bandeira do repúdio à pena de morte, de forte apelo na fatia esclarecida da humanidade. Dona Clarisse, mãe de Rodrigo, mobiliza o Itamaraty para proteger seu filho. Dona Carolina, mãe de Marco, obteve da Câmara dos Deputados o envio de um apelo de clemência ao Parlamento da Indonésia. A proposta, do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), foi aprovada em plenário com apenas um voto contra, do deputado Jair Bolsonaro (PFL-RJ).
A estratégia é varrer o assunto drogas para baixo do tapete e dirigir a sensibilidade dos brasileiros contra a pena de morte. O inevitável choro das mães em rede nacional de televisão poderá criar as condições políticas para que o presidente Lula peça clemência ao seu colega indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono. A dificuldade maior será obter uma resposta positiva.
Linha dura – As fichas de Rodrigo e Marco certamente cairão quando perceberem que o fuzilamento do indiano, ocorrido em fevereiro, sinaliza para o pior. É que a execução saiu por insistência do general Togar Sianipar, chefe da polícia antidrogas da Indonésia. O homem está punindo severamente o narcotráfico. Togar, militar linha-dura, prometeu livrar o país das drogas até 2015, combatendo também a corrupção do sistema judicial e fechando o balcão de negócios a diplomatas e criminosos. Seu plano é simples e brutal: fuzilar os traficantes que pisarem no país. O povão muçulmano o apóia. E o pedido da massa deixa o governo firme para rejeitar as campanhas internacionais por direitos humanos, livre de dúvidas existenciais sobre a pena de morte, tema que as famílias pretendem usar para sensibilizar a opinião pública internacional.
Na Indonésia, o modelo prende-e-mata já deu certo na política, em 1965, quando o país se dividia entre esquerda e direita. Em quatro meses, o general Suharto implantou o capitalismo fuzilando quase um milhão de comunistas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Ibope: drogas são mais preocupantes que desemprego no país


Edição do dia 28/05/2012 21h00 

Pesquisa, realizada em 26 cidades com mais de 300 mil habitantes, conclui que tema vai ser levado em conta pelos eleitores na hora de escolher prefeito, em outubro.

No Brasil de hoje, quando se pergunta a um cidadão quais são as maiores preocupações dele, as drogas têm aparecido com frequência crescente. Uma pesquisa concluiu que esse tema vai ser levado em conta pelos eleitores na hora de escolher o prefeito, em outubro.
O crack escancarou o problema da dependência química em São PauloRio de JaneiroBelo HorizonteFortaleza. Ninguém mais pode dizer que as drogas estão longe.
“A gente como pai está sempre pensando nisso. É um medo”, diz um homem.
O problema das drogas já não diz respeito só às famílias que têm dependentes químicos. A população em geral está preocupada. Tanto que o assunto já começa a aparecer entre as prioridades do eleitor brasileiro.
Em 26 cidades com mais de 300 mil habitantes, o Ibope perguntou qual tema o eleitor mais levará em conta na hora de escolher o candidato a prefeito, em 2012. 37% responderam saúde, 16% segurança, 11% educação e as drogas apareceram logo atrás, com 9%. Ultrapassou, com folga, uma velha preocupação do brasileiro: o emprego, com 4%.
A integrante da Associação Parceria contra as Drogas, Marylin Tatton, confirma: cada vez mais famílias telefonam pedindo ajuda. “As pessoas têm ligado para saber o que fazer, como fazer para que seus filhos não usem drogas e, principalmente, tem aumentado muito as ligações de pessoas que já estão com problema em casa”.
O Ibope também perguntou quais as três áreas mais problemáticas nas cidades. A saúde foi citada por 61% das pessoas, a segurança por 46% e as drogas por 40%, bem à frente da educação, do transporte coletivo e do trânsito.
“A droga diretamente atinge alguém da família ou próximo do circulo do cidadão, mas indiretamente ela alimenta um ciclo de violência, um ciclo de insegurança que de alguma maneira traz alguma consequência para todas as pessoas. O candidato tem que ter clareza que o eleitor está preocupado e vai cobrar dele uma atitude muito firme com relação a essa questão”, aponta o diretor de negócios do Ibope, Hélio Gastaldi.


“Eles têm que se empenhar mais que todo mundo. Se cada um fizer a sua parte fica mais fácil”, afirma uma mulher.


Matéria exibida no Jornal Nacional

domingo, 20 de maio de 2012


NOSSA JUSTIÇA É IRRESPONSÁVEL POR PERMITIR ESSA MARCHA DA MACONHA, ESTA DROGA É A PORTA DE ENTRADA PARA OUTRAS DROGAS MAIS PESADAS.

PASMEM! SOMENTE EM BELO HORIZONTE TEMOS 144 MIL USUÁRIOS DE CRACK E NOSSA JUSTIÇA TEM CORAGEM DE LIBERAR ESTA MARCHA EM FAVOR DA MACONHA. ESTA É A MARCHA PARA O INFERNO.

TRABALHO COM USUÁRIOS DE DROGAS E SEUS FAMILIARES E 95% DELES COMEÇARAM COM A MACONHA E HOJE ESTÃO NO FUNDO DO POÇO LUTANDO DESESPERADAMENTE CONTRA A DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

NO COMEÇO VOCÊ USA A DROGA, ALGUM TEMPO DEPOIS A DROGA TE USA ,E É AI QUE VOCÊ VAI VER O VERDADEIRO RESULTADO.


WALQUÍRIO DO CANÁ

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Abuso de cocaína acelera envelhecimento cerebral


Perda de volume na região cerebral associada à memória e emoção, que ocorre naturalmente com a idade, é maior entre dependentes da droga
O abuso crônico de cocaína pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro, segundo concluíram pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Em um estudo que será publicado nesta quarta-feira no periódico Molecular Psychiatry, a equipe comparou o cérebro de usuários e não usuários da droga e observou que a substância provoca uma perda maior da massa cinzenta do órgão.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que alterações no cérebro que costumam ocorrer quando as pessoas envelhecem, como declínio cognitivo e imunodeficiência, também podem ser observadas em pessoas mais jovens que são dependentes de cocaína. No entanto, essa é a primeira vez que o uso crônico da droga é diretamente associado ao envelhecimento precoce do cérebro.
Como explica a autora do estudo, Karen Ersche, com o envelhecimento, todas as pessoas perdem volume de massa cinzenta. Essa é a região do cérebro que possui o corpo das células nervosas e abrange partes do órgão envolvidas no controle muscular, memória, emoções, fala e percepção sensorial, tais como ver e ouvir. “No entanto, o que temos visto é que os usuários crônicos de cocaína perdem massa cinzenta de uma forma significativamente mais rápida, o que poderia ser um sinal de envelhecimento prematuro”, diz a pesquisadora.
A pesquisa – A equipe de pesquisadores analisou o cérebro de 120 pessoas que tinham idade, sexo e QI semelhantes. Metade dos participantes era dependente de cocaína e o restante não tinha histórico de abuso de drogas. Os pesquisadores observaram que a perda de volume da substância cinzenta do cérebro relacionada à idade foi quase duas vezes maior entre o grupo de dependentes químicos do que entre as pessoas saudáveis. Esse declínio foi maior no córtex pré-frontal e temporal – regiões do cérebro associadas à capacidade de atenção, de tomar decisões e também de memória.
“Nossos resultados demonstram claramente a necessidade de estratégias preventivas para enfrentar o risco de envelhecimento prematuro associado com abuso de cocaína. Os jovens que fazem o uso da droga hoje precisam ser educados sobre o risco a longo prazo do envelhecimento antecipado”, diz Ersche. De acordo com a pesquisadora, não somente os jovens devem se preocupar, mas também as pessoas mais velhas que estão expostas à droga há muito tempo.
Revista Veja

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Consumo de álcool

Droga para espasmos é bem-sucedida contra alcoolismo

Inicialmente usada para o tratamento da epilepsia, bacoflen chamou a atenção para tratar o alcoolismo após livro francês

Alcoolismo: medicamento alcançou bons resultados em testes com bebedores contumazes (Fernando Lemos)

Uma droga criada para tratar espasmos nervosos também pode ser usada no combate ao alcoolismo, afirmaram médicos da Universidade de Paris-Descartes, em estudo publicado nesta terça-feira no periódico Alcohol and Alcoholism. O medicamento foi bem-sucedido em um teste preliminar com 132 pessoas. Os efeitos colaterais, porém, incluem fadiga, sonolência, insônia, tontura e problemas digestivos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Abstinence and ‘Low-Risk’ Consumption 1 Year after the Initiation of High-Dose Baclofen: A Retrospective Study among ‘High-Risk’ Drinkers

Onde foi divulgada: revista Alcohol and Alcoholism

Quem fez: Laurent Rigal, Constance Alexandre-Dubroeucq, Renaud de Beaurepaire, Claire Le Jeunne, e Philippe Jaury

Instituição: Universidade de Paris-Descartes

Dados de amostragem: 132 bebedores contumazes

Resultado: Os pacientes ingeriram baclofen em altas doses durante um ano. Oitenta por cento ficam abstêmios ou se tornaram bebedores moderados.

O baclofen - nome laboratorial do medicamento comercializado como Kemstro, Lioresal ou Gablofen - agora deve passar por testes clínicos maiores, afirmaram os cientistas. O medicamento tem 50 anos. Ele foi originalmente criado para tratar a epilepsia, antes de ser licenciado para casos de espasticidade (rigidez na musculatura de braços e das pernas, que muitas vezes dificulta os movimentos).

O interesse no novo uso do medicamento teve início em 2008, quando o cardiologista Olivier Ameisen afirmou ter tratado a si próprio de alcoolismo com altas doses de baclofen, em seu livro O Fim do Meu Vício (Ed. Fontanar).

Para avaliar a descrição de Ameisen, o teste preliminar foi realizado com bebedores contumazes que ingeriram baclofen em altas doses durante um ano: 80% ficaram abstêmios ou se tornaram bebedores moderados. Para efeito de comparação, duas drogas comumente usadas para tratar alcoólicos, naltrexona e a acamprosato, obtiveram uma taxa de sucesso entre 20% e 25%.

O coordenador da pesquisa, Philippe Jaury, disse que o resultado abriu as portas para testes clínicos com duração de um ano, a partir de maio. A amostragem agora será de 320 alcoólatras, divididos em dois grupos. Uma parte receberá baclofen, com doses que aumentariam gradativamente até que os sintomas de abstinência desapareçam, enquanto a outra receberá um placebo.

(Com Agência France Presse)