Agora vejamos os malefícios para a saúde do indivíduo, segundo estudos de pesquisadores da UNICAMP. A exposição crônica, por uso prolongado de quantidades elevadas de álcool associa-se à:
ARTIGO PUBLICADO POR WALQUÍRIO DO CANÁ - JORNAL CRIAR-T VIDA
O CRACK E O SEU PODER DEVASTADOR
O Crack é um agente destruidor, que degrada não apenas o usuário, mas atingem com fúria também os familiares.
Conheço um professor usuário de Crack que me disse que começou a usar essa droga através de um aluno que era viciado.
Segundo ele, em uma sexta-feira, os professores e alguns alunos saíram para tomarem cerveja e este aluno apresentou a ele e a uma professora a pedra, eles aceitaram e não pararam nunca mais.
Hoje, eu acompanho esta pessoa a pedido da sua mãe, o sofrimento desta família é imenso. Em conversa, sua esposa, em prantos me relatou que o mês passado ele vendeu todas as bonecas da filha para comprar CRACK. A sua mãe também me falou que não aguenta tanta dor, tanto sofrimento que prefere ver ele morto a viver o inferno que estão vivendo. Ela disse que é muito triste ter que recolher o corpo de um filho, mas apesar da dor, ela pronuncia que será um alívio.
Portanto, veja o drama de quem vive esta penúria. É muita infelicidade que as famílias vivem sob o domínio do crack, muitos viciados arrastam seus dramas para dentro de casa e levam familiares a uma codependência emocional.
Muitos, sentindo-se culpados, pais, mães e irmãos passam a aceitar as ações de tortura e a viver em permanente alerta, condicionando seu estado de espírito ao do usuário da droga. O envolvimento com a dependência mascara a visualização de soluções, tira à potencialidade da família de agir em prol do dependente adoecendo toda família e, não raro, os familiares se sujeitam a atos extremos, como pagar dívidas a traficantes, por medo de represália e de violência.
As famílias ficam fora de controle, vão às bocas de fumo atrás do dependente, muitos brigam e se irritam facilmente, ou seja, a casa vira uma desordem, o desespero é grande.
O vício se instala muito rápido, as famílias não tem nem tempo e nem forças para digerir o problema e passam a agir por impulso.
Isto exemplifica bem o drama das famílias, há 13 anos lido com este drama, já ouvi e vi de tudo, porém cada história é uma tristeza para mim.
Também sou vítima, perdi um primo estudante de medicina que jogou a carreira e o futuro no túmulo, tentou suicídio, ficou cego e alguns anos depois veio a falecer. Meus tios tinham uma condição de vida muito boa, bem estruturada e familiar. Eram fazendeiros e donos de farmácia, os irmãos eram gerentes no banco do Brasil.
Isto que relato exemplifica bem o drama vivenciado por muitas famílias seja ela de que classe social for não estão imunes a esta droga. Este meu primo começou a usar drogas na faculdade de medicina, e na sua turma, mais da metade usavam drogas.
O CRACK quando surgiu diziam que era droga de pobres e moradores de rua. Nos últimos tempos, entretanto, a pedra tem subido degraus na escala social e espalhado seus sinais devastadores por toda parte.
Quero fazer uma alerta a todos os leitores e leitoras, as eleições estão chegando e com ela estão surgindo muitos políticos oportunistas, querendo explorar os eleitores, pousando de bonzinhos e prometendo a ajudar as famílias que sofrem com este drama. Cuidado! Não se iluda. Vocês conhecem todos eles e nunca ouviu falar deste trabalho, não é mesmo? Estes são os falsos mensageiros que fazem de tudo para praticar o estelionato eleitoral, vocês nunca viram ou souberam que estas pessoas colocaram as mãos na massa para ajudar o povo. Principalmente agora que segundo foi relatado no Jornal Nacional que a saúde e as drogas estão entre os 3 principais temas eleitorais. São candidatos copa do mundo, aparecem de 4 em 4 anos são como CAVIAR. É COMO DISSE A MÚSICA, você sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi, eu sou ouço falar.
Cuidado como candidatos caviar, você só vai ouvir falar. Não deixe ser enganado por estas pessoas sem sentimentos e sem razão. O custo social do uso de drogas é altíssimo e ninguém tem dúvida de que o consumo é prejudicial, causa danos, destrói vidas e famílias.
PENSEM!
WALQUÍRIO DO CANÁ
Histórias para crescer
Heroína
Heroína: É uma das drogas mais devastadoras, altamente viciante – causa rápido envelhecimento do usuário e forte depressão quando o efeito acaba. Usuários relatam uma sensação de intenso prazer, bem-estar e euforia após o uso da heroína, assim como diminuição de sensações como dor, fome, tosse e desejo sexual. A respiração, pressão arterial e frequência cardíaca ficam aumentadas à medida que a dose aumenta, fazendo com que o usuário se sinta aquecido, pesado e sonolento. Altas doses podem causar náuseas, vômitos e intenso prurido (coceira).
Maconha
Maconha: Uma das drogas mais populares, ela é consumida por meio de um enrolado de papel contendo a substância. É feita a partir da planta Cannabis sativa. Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.
Ecstasy
Ecstasy: Droga altamente alucinógena, causa forte ansiedade, náuseas, etc. Os efeitos físicos são taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, cãimbras ou dores musculares.
Cocaína
Cocaína: É o pó produzido a partir da folha de coca. O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo diminui. Este fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares, náuseas, calafrios e perda de apetite.
Tabaco
Tabaco: É o nome comum dado às plantas do gênero Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a N. tabacum, originárias da América do Sul, das quais é extraída a substância chamada nicotina. Os principais malefícios à saúde referem-se às doenças do sistema cardiovascular, infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e câncer, particularmente câncer de pulmão e câncer de laringe e boca.
Crack
Crack: É a versão petrificada dessa droga. Altamente viciante. O crack leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo à necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegará inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
Criação e edição: Jornalista Euza Ferreira
Gênesis
Também nos anos 70
Meados de 1970
1970
Anos 70
Finalzinho da década de 70
1971
1975
1976
1977 - morre o rei do rock
Elvis Aaron Presley não era apenas um cantor popular, mas sim ícone cultural da juventude e conhecido no mundo musical como “rei”. Nasceu no Mississipi, em 08 de janeiro de 1935, morreu no dia 16 de agosto de 1977 devido ao constante uso de drogas e álcool.
Elvis era também ator conhecido da época e estrelou vários sucessos de bilheteria. Ele está entre os cantores pop mais renomados de todos os tempos e ganhou inúmeros prêmios. O mito foi tão grande que até os dias de hoje pessoas acreditam que o rei está vivo.
Agosto de 1977
Também em 1977
1977
1978
Década de 80
Na década de 80
Nos anos 80
Meados de 1980
Também na década de 80
Final da década de 80
1980- James Timothy Hardin
1982
1985
1986
1987
1989
Década de 90
1990
Meados de 1990
Também em 1990
Anos 90
No final de 1990
Década de 90 – 1990, 1993 e 1996
1992
1994 - Kurt Cobain
Em 08 de abril de 1994, o corpo de Cobain foi descoberto na sua casa em Washington por um eletricista chamado Gary Smith, que tinha chegado a instalar o sistema de segurança. Para além de pequena quantidade de sangue saindo da orelha de Cobain, o eletricista relatou não ter visto nenhum sinal visível de trauma. Mas tarde foi encontrada a arma de fogo que teria sido usado no suposto suicídio, junto com remédios e bebidas alcoólicas.
Lutas contra o vício em heroína, doenças e depressão, bem como as circunstâncias de sua morte tornaram-se temas de fascinação em todo o mundo.
1995 - Jerry Garcia
Jerome John Jerry Garcia foi enigmático homem de frente do grupo denominado The Grateful Dead. Nasceu no dia 1 de agosto de 1942, em São Francisco, Califórnia.
Ele morreu de ataque cardíaco gerado por droga que usou após longo período de reabilitação, no mês agosto de 1995. Garcia também estava em constante guerra com seu vício em drogas como heroína e cocaína.
1996
Também em 1996
Em 1996
1997
1998
Início de 2000
2000
Século XXI
Início de uma nova era
2001
Também em 2001
Meados de 2001
Final de 2001
2002
2003
2004
Abril de 2004
2005
2006
Meados de 2006
Final de 2006
2007
Amy Winehouse e as drogas 2008, 2009, 2010 e 2011
2008 e 2010
2009
Julho 2011
Agosto 2011
Em dezembro de 2011 morre Amy wine House
2012
Em 2013 - Cory Monteith, ator de 'Glee', morreu após misturar heroína e álcool
Cory Monteith morreu após misturar heroína e álcool, confirmaram as autoridades canadenses após a autópsia realizada na segunda-feira (15). O resultado foi divulgado pelo departamento de polícia de Vancouver, no Canadá. Nesta terça (16), os legistas do caso divulgaram laudo com a causa da morte de Monteith. Ele morreu após "misturar tóxicos, incluindo heroína e álcool".
O ator da série "Glee" foi achado morto em um quarto do hotel Fairmont Pacific Rim, em Vancouver, no último sábado (13). De acordo com o site TMZ, Monteith levava vidas distintas na cidade canadense, onde nasceu, e em Los Angeles, cidade norte-americana em que a série "Glee" é gravada.
O ator, que tinha 31 anos, conseguia ficar sóbrio quando estava com a namorada, Lea Michele, que vive a personagem Rachel Berry no seriado, e com os outros amigos do elenco. Segundo uma fonte do site, a equipe de "Glee" sabia do vício do ator, mas afirma que ele nunca apareceu alterado no set de filmagens. No entanto, Monteith sofria recaídas quando visitava a família no Canadá, usando drogas e álcool ao reencontrar conhecidos.
No ar desde 2009, "Glee" teve este ano sua pior média de audiência, mas tem mais duas temporadas já confirmadas. Os produtores, no entanto, ainda nao revelaram o que irá acontecer a Finn Hudson, personagem de Monteith.
O ator deixou ainda ao menos dois filmes inéditos, "All the wrong reasons" e "McCanick", ambos em fase de pós-produção, de acordo com o site IMDb. Além disso, ele também faz parte do elenco de "Glee Live! at Radio City Music Hall", longa derivado da série que o tornou famoso.
Em março 2013 - Overdose de cocaína matou cantor Chorão, conclui laudo do IML
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Agora vejamos os malefícios para a saúde do indivíduo, segundo estudos de pesquisadores da UNICAMP. A exposição crônica, por uso prolongado de quantidades elevadas de álcool associa-se à:
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Combate às drogas no Amazonas precisa de política com gestão e campanhas preventivas sistemática
Na opinião do psicanalista Aluney Elferr, é necessário popularizar
as informações em torno das drogas e criar uma política estadual
que agrupe as ações já praticadas individualmente
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O adolescente e o uso de drogas
Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas, amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas há jovens que passam a ter problemas a partir dessas experiências,e por conta disso a adolescência é um periodo de risco para o envolvimento com as drogas.
Ao menos em parte, os riscos podem ser atribuídos às próprias características da adolescência tais como:
- necessidade de aceitação pelo grupo de amigos
- desejo de experimentar comportamentos visto como "de adultos"
- sensação de onipotência "comigo isso não acontece"
- grandes mudanças corpotamentais gerando indegurança
- aumento da impulsividade
O modismo é outro aspecto importante relacionado ao uso de substâncias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas inflluências. Afinal estão saíndo da infância e começando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas, desde a escolha de suas próprias roupas, e atividades de lazer, até a definição de qual será seu estilo. A pressão da turma, o modelo dos ídolos e os exemplos que os jovens tiveram dentro de casa.
O papel da família na formação do adolescente
A família, por sua vez, pode atuar com o um fator de risco ou protetor para o uso de substância psicoativas. Filhos de dependentes de álcool e drogas apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes.
Mas o desenvolvimento da dependência irá depender da interação de:
- aspectos genéticos
- características de personalidade
- fatores ambientais, que poderão ser protetores ou até mesmo de risco para o uso de drogas
Crianças que crescem em um ambiente com limites e regras claras, geralmente são mais seguras e sabem o que podem e o que não podem fazer. Quando se deparam com um limite, sabem lidar com a frustração.
Crianças criadas sem regras claras, buscam testar os limites dentro de casa, adotando um comportamento desafiador com os pais e, posteriormente, ao entrar na adolescência, repetem esse mesmo comportamento desafiador fora de casa. Além disso por não estarem acostumados a regras e limites, não aceitam quando estes lhe são impostos.
Alguns estudiosos afirmam que adolescentes desafiadores e que não sabem lidar com frustrações, apresentam maior risco para o uso de drogas.
Por outro lado, o monitoramento por parte dos pais e um bom relacionamento entre eles, é um importante fator de proteção em relação ao uso de drogas.
Fatores internos
Dentre os fatores internos que podem facilitar o uso de álcool e drogas pelos adolescentes se destacam:
- insatisfação
- insegurança
- sintomas depressivos
Os sintomas depressivos na adolescência, são por um lado normais, em virtude das grandes mudanças biológicas e psíquicas, mas muitas vezes podem apresentar fator de risco. O jovem que está triste ansioso ou desanimado, pode buscar atividades ou coisas que o ajudem a se sentir melhor. Neste sentido as drogas podem proporcionar, de forma imediata, uma melhora ou alívio a esses sintomas. Quanto mais impulsivo e menos tolerante à frustração for o adolescente, maior será esse risco.
Alguns estudos mostram que adolescentes que apresentam sintomas depressivos (se isolam da família e amigos, sentem-se infelizes, descontentes e incompreendidos, com baixa auto-estima) passam mais rápido da fase de experimentação para o abuso e, consequentemente, para a dependência.
Outros aspectos importantes em relação os uso de drogas na adolescência
- É no periodo entre a adolescência e o início da idade adulta que ocorrem os maiores níveis de experimentação e problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas.
- Muitos jovens, apesar do pouco tempo de uso de substâncias, passam muito rapidamente de um estágio de consumo para outro, além de fazerem o uso de várias substâncias ao mesmo tempo. Por outro lado, uma grande parcela deles diminui significativamente o consumo no início da fase adulta, para edequar-se às obrigações da maturidade, (trabalho, casamento e filhos).
- Vários estudos demonstram que quanto mais sedo se inicia o uso de drogas, maior a chance de desenvolvimento de dependência
Principais fatores de risco no período da adolescência
- grande disponibilidade de drogas
- maior tolerância em relação ao consumo de algumas substâncias
- Estresse gerado por conflitos familiares e falta de estrutura familiar como: pais distantes, dificuldade dos pais estabelecerem limites para o adolescente, mudanças significativas (de cidade, perda de um dos pais)
- características de personalidade: baixa auto-estima, baixa auto-confiança, agressividade, impulsividade, rebeldia, dificuldade de aceitar ser contrariado
- transtornos psiquiátricos: de conduta, de hiperatividade e déficit de atenção, depressão, ansiedade e outros transtornos de personalidade.
Uma palava aos pais
sábado, 15 de outubro de 2011
O Medo Nas Salas de Aula
reportagens
Conexão Reporter - Roberto Cabrini
O Medo Nas Salas de Aula
O Conexão Repórter fez um mapa da violência nas escolas brasileiras. Com câmeras escondidas registramos flagrantes dos perigos a que nossos filhos ficam expostos. Consumo de drogas, tráfico, brigas e até tentativa de assassinato são frequentes no dia dia dos estudantes. Descobrimos alunos que assistem às aulas armados com facas e escolas completamente abandonadas pelo poder público. Nossa investigação revela um cotidiano jamais mostrado de professores agredidos.
Taboão da Serra, grande São Paulo. Neste bairro a violência das ruas se estende aos colégios. Um menino armado com uma faca e com posse de drogas está em frente a um colégio. O garoto se exibe para as câmeras, mostra a faca e consome maconha. Revela que entra com drogas em escolas da região que nem mesmo é matriculado. No colégio, o consumo de drogas na hora do intervalo. Resolvemos mostrar à diretora da escola as imagens do menino exibindo drogas e armas. Logo que chegamos, estudantes confirmam a presença principalmente de maconha dentro e fora do colégio. Lá encontramos o primeiro portão aberto. Acionamos a direção da escola para explicar a situação. A diretora assiste as denúncias. Ela argumenta que todos os anos pedem policiamento em período integral na porta do colégio.
Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. Com uma câmera escondida, nosso produtor entra na escola estadual " Vereador Valter da Silva Costa". Neste local não encontramos segurança, vigia ou qualquer inspetor. Uma aluna revela que no colégio além de consumirem drogas, há suspeita de atos sexuais dentro dos banheiros. No horário das aulas, salas vazias. Alunos matam aula. Na porta do banheiro, um flagrante: um jovem prepara um cigarro de maconha. Em seguida, o grupo se reúne para fumar a maconha no pátio. Ninguém aparece para impedir. Na porta do colégio, a venda de drogas. Com medo, uma mulher que pede para ter a identidade preservada, relata que trabalhou como insetora de aluno neste colégio por mais de 20 anos. Após ter seu dedo quebrado por um estudante, desistiu da profissão no ano passado. Durante o depoimento, a revelação de um absurdo: já pegou alunos transando na sala de aula. Os alunos, alguns com receio de falar, assumem o que todos sabem.
Cenas de violência gravadas por estudantes na porta de um colégio chocam. A briga é entre alunas. Uma menina dá um soco violento em outra jovem. Em seguida, a estudante que agride primeiro, apanha de outras duas. Tudo acontece em frente a um colégio no interior de São Paulo. Viajamos até Franca, cidade de origem do vídeo. Nas ruas, todos comentam. Uma das alunas envolvidas na briga registra um boletim de ocorrência e as imagens chegam às mãos da delegada. Ela decide intimar os pais e as estudantes para prestar esclarecimentos. Na cidade, encontramos mais casos de agressões e ameaças dentro das escolas. O pai está revoltado. O representante comercial perde o dia de trabalho e vem até a escola mostrar à diretora os hematomas da filha. A menina levou socos e tapas das colegas e reclama da falta de atitude da direção. Todos são chamados para uma acareação. Duas horas depois, terminam os depoimentos. A delegada encerra o caso e encaminha ao juiz da vara de infância e juventude. É ele quem irá aplicar penas alternativas previstas no estatuto da criança e do adolescente.
Agora imagine levar seu filho ao colégio e ele ficar no meio de um tiroteio. Ou pior ainda, é atingido por um dos tiros. Tudo num local onde ele deveria aprender, estudar e se formar. Periferia de Cuiabá. Tiros são disparados dentro da escola estadual "Cesário Neto". Parecia um dia normal de aula. De repente alunos começam a gritar. Nas imagens do circuito interno, dois homens entram na escola e correm. Um deles está com uma arma em punho. Ele atira contra um estudante do período noturno. O autor dos disparos foge. A vítima, que tem várias passagens pela polícia, sobrevive.
A violência nas escolas não se limita aos alunos. Todos os dias, professores são atacados, agredidos e desrespeitados. Além de enfrentarem verdadeiras maratonas para dar aulas, muitos são desrespeitados e humilhados. E, às vezes, até agredidos fisicamente pelos próprios alunos. Segundo a Unesco, oito em cada dez professores das principais capitais brasileiras já conviveram com violência no trabalho.
A professora Aparecida levou um tiro dentro da sala de aula em Santo André, na grande São Paulo. Traumatizada, Aparecida tem medo de voltar a lecionar e trabalha no mesmo colégio, mas na área administrativa. A professora perdoou o atirador e chegou a se reencontrar com o autor dos disparos. Mas, o menino não escutou os seus ensinamentos e hoje está preso por cometer outros crimes. A situação caótica das escolas não é um problema de apenas alguns estados, mas de todo país. O que muda é a postura de quem lida com a educação no dia a dia. Alguns corajosamente enfrentam a situação e não desprezam informação. Outros se esquivam. O certo é que nossos colégios pedem socorro. Não há mais espaço para omissão
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Drogas entre as celebridades
A luta de Fábio Sem condições de atuar, Fábio Assunção, um dos mais queridos atores da televisão brasileira, deixa a novela Negócio da China, da Globo, para tentar se livrar do vício em cocaína Ronaldo França e Silvia Rogar
Convocar Fábio para a novela das 6 foi um risco calculado pela Rede Globo. Sua escalação foi motivo de reuniões e houve, na direção da emissora, quem fosse contra. Temia-se que sua inconstância prejudicasse o cronograma e o orçamento de Negócio da China – o que de fato ocorreu. A produção de um capítulo custa, em média, 270 000 reais. Deixar técnicos, cenários e equipamentos à espera de um ator não está no roteiro. Em 2007, durante as gravações de Paraíso Tropical, os atrasos freqüentes de Fábio já sinalizavam que o problema com a cocaína começava a influir na profissão. Ele emagreceu a olhos vistos e chegou a ficar cinco dias afastado das gravações. A situação, porém, ainda não havia fugido de controle. A imagem do ator ficou arranhada mesmo aos olhos do público quando, em janeiro deste ano, ele foi flagrado pela Polícia Federal no momento em que receberia uma encomenda de cocaína. O traficante, identificado como Orlando Dias, levava consigo 30 gramas do pó, quantidade que supera em muito o que uma pessoa é capaz de consumir em um dia. Fábio foi ouvido como testemunha e declarou ser usuário de cocaína. "A testemunha Fábio Assunção Pinto afirmou ter telefonado para o réu, com quem marcou encontro em sua residência a fim de comprar cocaína do mesmo, o qual era seu fornecedor habitual", afirmou a juíza Cristina Fabri, da 17ª Vara Criminal de São Paulo, em sua sentença. O episódio foi minimizado pelo ator e pela Globo, mas provocou a primeira conseqüência concreta do vício na carreira de Fábio. Depois de participar das primeiras leituras de A Favorita, novela do horário das 8, e fazer até prova de figurino como o vilão Dodi, ele foi substituído por Murilo Benício. Sem trabalho, decidiu deixar o país para se reabilitar em uma clínica nos Estados Unidos. Embora não tivesse terminado o tratamento, ele se considerava curado e pronto para voltar ao trabalho, no que foi apoiado pelo diretor Roberto Talma, seu amigo. Negócio da China estaria longe de ser o maior desafio de Fábio na televisão. Exibida na faixa das 6, não teria a pressão do horário nobre. O ator também não sairia de uma zona de conforto profissional. Seu personagem, Heitor, era feito sob medida, uma vez que Fábio se revelou na interpretação de rapazes bonzinhos. Tudo estava arrumado, enfim, para que desse certo. Mas a recaída não tardou.
Na quinta-feira, depois de decidido o seu afastamento, Fábio Assunção telefonou ao autor de Negócio da China, Miguel Falabella. Angustiado, disse que não queria tê-lo deixado na mão. Pediu desculpa. Falabella já vinha trabalhando numa saída. "Há algum tempo, quando percebi que o gato tinha subido no telhado, comecei a pensar que destino dar ao personagem de Fábio", conta. A novela gira em torno do roubo de 1 bilhão de dólares em um cassino, na China. As informações que revelam o destino do dinheiro estão guardadas em um pen drive que vem parar no Brasil e troca de mãos, movimentando o enredo. Heitor, o personagem de Fábio, vai desaparecer no capítulo que será exibido no dia 27, ao tentar desvendar o mistério. "Gostaria que ele voltasse para o fim da novela. O Fábio é bonito, talentoso, mas está passando por um período de fraqueza. E quem não tem as suas?", diz Falabella. Em seu lugar, entrará o galã Thiago Lacerda. Viverá um médico que se aproxima da personagem de Grazi Massafera para cuidar de seu filho, Théo, vítima de um problema cardíaco. Negócio da China foi ao ar no início de outubro com a difícil missão de atrair novamente o espectador para o horário das 6. Sua antecessora, Ciranda de Pedra, foi um grande fracasso, com audiência média de 22 pontos. Até agora, Negócio da China não decolou. Desde a estréia, acumula média de 24 pontos. Fábio era o protagonista e vivia um triângulo amoroso com a bela Grazi num dos vértices. Não se sabe o que uma guinada tão brusca pode provocar. Essa é a medida da difícil decisão tomada pela direção da Globo. O mundo das celebridades, no Brasil ou fora daqui, é permissivo em relação às drogas. Seu consumo é considerado "recreativo", ou, nos casos mais estúpidos, "inspirador". O uso dessas substâncias entre esse grupo de pessoas é consentido, quando não é claramente valorizado como parte da experimentação que deve acompanhar o ato de criação artística. Na era das "clínicas de rehab" (reabilitação), fazem sucesso os reality shows americanos sobre a maneira como gente famosa, bonita e bem-sucedida lida com a dependência química (veja reportagem). O subtexto desses shows é espúrio: eles dão a entender que a devastação provocada pelo vício pode sempre ser detida no último instante. Isso, claro, não é verdade. As drogas pesadas são problema sério para quase 26 milhões de pessoas no mundo de acordo com a ONU – a maioria nos grandes centros urbanos. Elas matam 200.000 pessoas por ano. Só no Brasil, há 870.000 usuários. No âmbito privado, a dependência química acaba com relacionamentos e inviabiliza o trabalho. É uma doença. Ponto. Uma das dificuldades para lidar com a dependência da droga é que a linha que separa o uso recreativo do mergulho no vício é muito tênue. "Em geral, a pessoa vai se tornando viciada sem se dar conta", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ele, são poucos os que conseguem se manter como usuários ocasionais da droga. "Isso até acontece, mas a proporção é ínfima", diz Laranjeira. Raramente alguém admite que tem problemas nessa área e busca tratamento. E mesmo esse caminho é difícil. Em geral, apenas 20% dos pacientes que começam o tratamento dão continuidade a ele. O script, nesses casos, costuma ser o seguinte: uma ou duas semanas depois de iniciado o tratamento, a pessoa se sente autoconfiante e tende a retomar a convivência com as mesmas pessoas e a freqüentar os mesmos lugares. O resultado é que acaba voltando a cheirar, a fumar ou a picar-se.
Nas treze novelas em que atuou, Fábio quase sempre se destacou no papel de galã e bom moço. Também já desfilou com as mais belas mulheres do país, incluindo as atrizes Cláudia Abreu e Cristiana Oliveira e a empresária Priscila Borgonovi, com quem tem um filho de 5 anos. Em momentos como esses, poucos amigos se dispõem a falar sobre o caso. Fábio está longe de ser um encrenqueiro ou de fazer o marketing do vício, como a cantora inglesa Amy Winehouse. Não se pode dizer, no entanto, que não tenha responsabilidade sobre seus atos. Para o imenso público cuja admiração ele conquistou, sua recuperação pode ser um poderoso símbolo de vitória contra o vício. Os especialistas dizem que, se ele persistir no tratamento, a chance de sucesso é da ordem de 80%. "O Fábio é uma pessoa rara. Tem um caráter reto e é extremamente inteligente e sensível. Estou certa de que ele terá força suficiente para superar as adversidades", diz Cláudia Abreu. Lutar por si próprio e por tudo o que conquistou é, agora, o grande papel de Fábio Assunção.
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